Falhas dos autocarros da rede UNIR continuam a dar problemas no grande Porto
Maria Abrantes
Quase uma semana depois do arranque da nova rede de autocarros da Área Metropolitana do Porto, a UNIR, persistem os problemas na supressão de autocarros e na falta de informação prestada aos utilizadores.
Esta quarta-feira, no Terminal das Camélias, junto à Praça da Batalha, ao final da tarde estava mais de uma centena de pessoas à espera de autocarros que não chegaram a passar, ou que encheram tão depressa que a maior parte dos utilizadores teve de permanecer à espera de um novo autocarro, qual D. Sebastião.
Naquele terminal de autocarros, a situação mais crítica prende-se com os passageiros que viajam para São João da Madeira e Santa Maria da Feira, uma vez que, devido ao trajeto e autoestrada, têm obrigatoriamente de ir sentados, o que diminui a capacidade de transporte.
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O facto de terem alterado os horários, de nem todos os autocarros pararem naquele terminal e a falta de informação pioram drasticamente a situação, formando-se uma fila imensa de pessoas que desespera por um lugar num autocarro.
Mas o problema não reside apenas naquele destino. A imagem mais frequente, ao passar pelo terminal, é a de várias pessoas a dirigirem-se aos motoristas dos autocarros que por ali param e voltarem para trás com um semblante pesado. Devido à falta de informação e de sinalética, perguntam aos motoristas para onde se dirige aquele autocarro e, na maioria das vezes, não segue para o destino desejado.
A nova rede de autocarros da Área Metropolitana do Porto, denominada UNIR, entrou em serviço na passada sexta-feira, 1 de dezembro, depois de um concurso público lançado em 2020, determinando uma ‘revolução’ no transporte rodoviário de passageiros na região. O arranque das operações tem sido alvo de muitas críticas por parte dos utilizadores e esta quarta-feira não foi exceção.