PSD do Porto pede reunião ao JN e ao gestor do fundo que o detém sobre despedimento coletivo

PSD do Porto pede reunião ao JN e ao gestor do fundo que o detém sobre despedimento coletivo
| Porto
Porto Canal/Agências

A distrital do PSD/Porto vai pedir uma reunião à administração do Jornal de Notícias (JN) e ao gestor do fundo que controla o Global Media Group, que detém este jornal, sobre a intenção de despedimento coletivo.

“Há aqui tiques de centralismo. O que eu receio enquanto representante do PSD da distrital do Porto é uma vez mais estarmos a ver uma entidade, uma organização tentar ser esvaziada nesta região para ir para Lisboa”, disse esta terça-feira à Lusa o presidente do PSD/Porto, Sérgio Humberto, no final de uma reunião com uma delegação de trabalhadores do JN, na sede do partido, no Porto.

O social-democrata considerou que um jornal do país feito no Norte “não tem mal nenhum, não é depreciativo”.

E, por isso, questionou: “Porque é que as coisas não podem estar no Algarve, em Braga, no Porto, em Coimbra ou nas regiões autónomas? Porquê estes tipos de centralismos?”.

Em causa, segundo os dados avançados pela administração da Global Media às delegadas sindicais do JN, estão 56 trabalhadores dos serviços partilhados e do setor comercial, 40 da redação do JN e 30 da TSF.

No jornal O Jogo, o número de despedimentos ainda está por definir.

Dizendo que o JN dá lucro todos os anos, o social-democrata referiu não entender como é que o fundo quer desmantelar algo que dá lucro sucessivamente e cobre prejuízos de outros órgãos de comunicação que fazem parte do grupo, nomeadamente o Diário de Notícias (DN).

“Anda o JN a cobrir os prejuízos do DN. Eu acho muito bem que o grupo fortaleça o DN, mas não pode desmantelar um património (JN) com mais de um século de história e que tem um arquivo único”, frisou.

Segundo Sérgio Humberto, só há democracia se houver liberdade de expressão e uma boa comunicação social.

“Nós estamos a defender a comunicação social livre, a liberdade de expressão e a alertar para a importância da informação chegar às pessoas”, salientou.

Questionado sobre se a concretizar-se o despedimento coletivo será dada a “machadada final” no JN, o presidente do PSD/Porto considerou que a machadada já está dada naquilo que é a credibilidade do diário e na instabilidade que já criou.

“A machadada final é o despedimento de pessoas e irem para Lisboa. Se o querem que digam de forma transparente, agora não venham com panos escondidos”, concluiu.

A redação do JN mantde dém o pré-aviso de greve para quarta e quinta-feira, justificando os trabalhadores do jornal a decisão com a “falta de resposta da administração ao pedido de esclarecimento sobre a intenção espedimento coletivo no Global Media Group enviado em 24 de novembro”, lê-se na informação enviada na semana passada à Lusa.

A redação do JN criou uma petição contra o despedimento coletivo anunciado alertando que será “a morte” daquele diário e que terá consequências para região Norte.

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