Quatro anos depois, projeto de habitação acessível em Lordelo do Ouro avança
Ana Francisca Gomes
Quatro anos após a Câmara do Porto ter feito o primeiro anúncio deste projeto de arrendamento acessível, o executivo municipal aprovou por unanimidade a abertura do período de discussão pública do Loteamento de Lordelo do Ouro. Serão criados novos fogos que vão contribuir para contrariar a “estigmatização e segregação” que “afetam negativamente” esta área da cidade.
No terreno com uma área de quase 50 mil metros quadrados, que fica entre os bairros camarários Pinheiro Torres e Mouteira, a operação de loteamento prevê a constituição de nove lotes. Quatro deles já estão preenchidos com blocos de edifícios de habitação construídos na década de 1970 e que pertencem ao parque habitacional do município para a renda apoiada. Os restantes cinco lotes “destinados à criação de habitação coletiva, com comércio ou serviços ao nível dos pisos térreos” e vão nascer 291 novos fogos.
Este é um número consideravelmente superior àquele que era previsto pela autarquia em 2019, que fazia o anúncio da construção de 170 novos fogos para arrendamento acessível.
“A construção de habitação para a classe média junto aos bairros sociais de Lordelo, permitirá o aumento dos níveis de integração, espacial e social, com a introdução de residentes de extratos sociais diferente”, pode ler-se na proposta assinada pelo vereador com o pelouro do Urbanismo Pedro Baganha.