“A minha vida é isto”. Gonçalo é exemplo da inclusão da deficiência nos cargos do FC Porto
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Porto Canal
Equipa-se a rigor, quando chega, cumprimenta os treinadores, team managers e os “miúdos”, como lhes chama. Assim começam os dias de Gonçalo Lopes, como operador de logística, no FC Porto.
Depois de frequentar a escolaridade normal, foi no Centro de Educação e Formação Integrada (CEFPI) que viu o seu sonho tornar-se realidade: pertencer à grande família do FC Porto.
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Completada a formação e o estágio na instituição azul e branca, chegou finalmente o contrato que iria incluir definitivamente Gonçalo no mercado de trabalho.
“Estou sempre disponível para tudo”, diz Gonçalinho, como é carinhosamente apelidado, sempre pronto para servir o clube do coração, que acabou por integrá-lo na equipa, já lá vão dois anos.
“Podia não chegar à lua, mas eu sempre jurei a mim mesma que iria tirar os pés do chão e, portanto, no dia em que este contrato surge, a primeira coisa que acho que fiz, foi chorar. Chorar e agradecer a todas as pessoas que fizeram parte deste processo”, conta-nos emocionada, Daniela Servan, a mãe de Gonçalo.
O jovem trabalha na logística e dá apoio à equipa de fisioterapia, “quando alguém cai”. Além da distribuição das águas e de equipamentos de jogo, Gonçalo está sempre atento às necessidades de todos, seja na Dragon Force, onde passa a maior parte dos dias, seja no Estádio do Dragão, onde vai semanalmente.
De acordo com os pais, o FC Porto tem sido um exemplo de como as pessoas com deficiência devem ser incluídas no mercado de trabalho. “Integrar é convidar para o baile, mas incluir é chamar para dançar”, é assim que descrevem o exemplo de abordagem a ter e garantem que Gonçalo tem sido convidado para dançar todos os dias, na sua jornada de trabalho com o FC Porto.