Sindicatos dos médicos voltam esta quinta-feira às negociações com o Governo

Sindicatos dos médicos voltam esta quinta-feira às negociações com o Governo
| País
Porto Canal/Agências

Os sindicatos representativos dos médicos e o ministro da Saúde voltam a reunir-se esta quinta-feira às 16h00, após ter sido cancelada a ronda negocial de 08 de novembro, na sequência da demissão do primeiro-ministro.

A última reunião, em 4 de novembro, entre a tutela e as organizações sindicais terminou sem acordo.

O adiamento de 15 dias surgiu depois de António Costa ter anunciado a demissão, após o Ministério Público revelar que é alvo de investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça sobre os projetos de lítio e hidrogénio.

Em declarações à Lusa na terça-feira, a Federação Nacional dos Médicos (Fnam) e o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) consideraram urgente a nova reunião.

A presidente da Fnam disse esperar vontade política do Ministério da Saúde (MS) para chegar a um acordo, após 19 meses de negociações, garantido que o “Serviço Nacional de Saúde [SNS] não pode esperar mais”.

Para Joana Bordalo e Sá, é urgente discutir com o MS as grelhas salariais e outros temas, como as 35 horas de trabalho semanais, as 12 horas de serviço de urgência e a atualização do salário base que reponha o poder de compra para os níveis anteriores à troika para todos os médicos.

Já o secretário-geral do SIM mostrou-se empenhado em fazer um acordo com o MS “até à 25.ª hora”.

Jorge Roque da Cunha afirmou que tudo fará para contribuir para um acordo, enquanto o Governo está em funções.

O sindicalista adiantou, no entanto, que será complicado conseguir um acordo, reforçando que o MS continua intransigente.

De acordo com Jorge Roque da Cunha, trata-se de “uma situação difícil”, uma vez que o “Governo persiste em não alterar a proposta que fez em relação ao salário base”, propondo uma subida de 5,5%, enquanto os sindicatos exigem um aumento salarial transversal de 30%.

O MS prevê um suplemento de 500 euros mensais para os médicos que realizam serviço de urgência e a possibilidade de poderem optar pelas 35 horas semanais.

A proposta iguala o salário base dos médicos (3.025 euros), representando um aumento de 5,5%, contra os 3,6% apresentados na última proposta e que mereceu a contestação dos sindicatos.

Numa nota divulgada na terça-feira, o Governo reforçou a vontade de “negociar com os sindicatos, otimizando o tempo e potenciando um desfecho positivo das negociações em curso”.

Dias após a demissão do primeiro-ministro, o ministro da Saúde disse que o Governo tinha de estudar “até onde” poderia ir nas negociações com os médicos, tendo em conta a situação política do país.

“Nós temos de avaliar em que condição é que cada opção política do Governo pode ser tomada, porque se é verdade que o Governo está em funções, não é menos verdade que não estamos em circunstâncias normais”, afirmou então Manuel Pizarro.

+ notícias: País

Sindicato diz que há 160 professores impedidos de trabalhar no próximo ano

A Federação Nacional da Educação (FNE) diz que há 160 professores que tinham de vincular este ano e concorreram para todo o país, mas não ficaram colocados e estão impedidos de dar aulas no próximo ano letivo.

FC Porto vai ter jogo difícil frente a Belenenses moralizado afirma Paulo Fonseca

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, disse hoje que espera um jogo difícil em casa do Belenenses, para a 9.ª jornada da Liga de futebol, dado que clube "vem de uma série de resultados positivos".

Proteção Civil desconhece outras vítimas fora da lista das 64 de acordo com os critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) disse hoje desconhecer a existência de qualquer vítima, além das 64 confirmadas pelas autoridades, que encaixe nos critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro.