Adeptos do FC Porto foram atacados por um grupo de mais de quarenta encapuzados na noite deste sábado, à porta da Arena de Braga, após o duelo de voleibol que colocou frente a frente a equipa portista e o emblema local.

Durante o jogo, do qual as azuis e brancas saíram vitoriosas por 3-2, alguns adeptos portistas já se tinham apercebido de que um grupo de encapuzados, com todos os elementos vestidos de preto, os esperava do lado de fora do pavilhão.

Depois do apito final, sensivelmente às 20h55, os adeptos do FC Porto dirigiram-se aos membros da equipa de segurança presente na Arena de Braga para pedir proteção policial. Os elementos presentes da segurança terão dado a indicação de que havia polícia lá fora – garantem ao Porto Canal adeptos portistas –, informação que se revelou, mais tarde, falsa.

"Fomos enganados pela própria equipa de segurança do Braga, que nos disse que tínhamos polícia para nos proteger. Foram cúmplices deles, meteram-nos na boca do lobo", revela ao Porto Canal uma adepta do FC Porto presente no local, acusando um dos funcionários de tirar fotografias aos elementos da bancada ‘azul e branca’ para posteriormente as enviar aos agressores.

À saída do pavilhão, os portistas aperceberam-se de que as forças policiais não estavam presentes no local e acabaram por ser cercados por um grupo de mais de 40 encapuzados que terão agredido alguns adeptos, roubado bens e tentado entrar em viaturas onde seguiam portistas.

O medo de represálias faz com que poucos queiram falar do sucedido mas é ainda difícil conter as lágrimas ao recordar o incidente. “Eles tentaram abrir a porta do nosso carro porque queriam uma pessoa que tínhamos lá dentro, mas felizmente conseguimos arrancar a tempo”, relatou ao Porto Canal uma das pessoas presentes.

Deste ataque resultou pelo menos um ferido, que teve de ser assistido no local pelos Bombeiros Sapadores de Braga e transportado para o Hospital de Braga. O jovem já se encontra em casa, tendo a deslocação à unidade hospitalar sido motivada por um hematoma que sofreu na face.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) acabaria por ser chamada ao local mas, de acordo com o relato dos presentes, os agentes “demoraram uma eternidade”, o que possibilitou a fuga dos ‘encapuzados’.