Ainda sem acordo. Médicos e Governo voltam a reunir-se no domingo

Ainda sem acordo. Médicos e Governo voltam a reunir-se no domingo
| País
Porto Canal/Agências

As negociações entre médicos e Governo já arrancaram há um ano e meio e a reunião da passada sexta-feira não deu sinais de que pudessem terminar.

O encontro entre o Sindicato Independente dos Médicos, a Federação Nacional dos Médicos e o Governo foi inclusiva e, dessa forma, foi marcada uma nova reunião para amanhã, domingo, durante a tarde.

De acordo com o jornal Público, o Ministério da Saúde mostrou-se disponível para analisar as trêscondições mínimas que os sindicatos exigem: o aumento transversal de 30% para todos os clínicos, a redução das 40 horas para as 35 horas por semana e a passagem das 18 horas semanais de trabalho nas urgências para apenas 12.

No entanto, os sindicatos médicos aceitam que a concretização do aumento salarial e a redução de horário sejam faseadas.

O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, Jorge Roque da Cunha, disse, à saída da reunião da passada sexta-feira, que o ministro da Saúde vai analisar a proposta apresentada em conjunto com a Federação Nacional dos Médicos e que vai fazer chegar aos sindicatos uma contraproposta que irá ser debatida na reunião de domingo.

Até à data, são já mais de dois mil médicos que se recusam a trabalhar além das 150 horas anuais e esta escusa está a agravar a dificuldade em completar as escalas nos serviços de urgência, nos quais alguns já estão a funcionar com grandes constrangimentos e outros são obrigados a encerrar temporariamente.

Com este impasse nas negociações entre os sindicatos médicos e o Governo, o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo, afirmou que o próximo mês de novembro poderá ser o pior dos 44 anos de SNS.

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