Fundo alemão só assume controlo da Efacec quando tiver crédito aprovado
Porto Canal
O fundo alemão Mutares só vai assumir o controlo da Efacec quando os bancos voltarem a dar crédito à empresa. Ainda assim, a empresa não avança com o montante necessário.
A exigência é justificada pela falta de crédito, que, diz a Mutares, tem contribuído para o estrangular da atividade da Efacec.
Já do lado dos bancos, a premissa é a de que seja o Estado a assumir o risco de financiamento, para retomarem a concessão de crédito.
Numa altura em que o fundo alemão e o Governo estão a levar a cabo conversações que permitam resolver a questão, a assembleia geral de obrigacionistas da Efacec aprovou a proposta de um corte na dívida de 10%, cerca de 5.8 milhões de euros.
Mas para assumir o controlo da empresa, a Mutares não exige apenas nova concessão de crédito por parte dos bancos.
Outra das premissas para assumir o controlo passa pela injeção de um capital de 50 milhões de euros, que será concretizada pelo Banco Português de Fomento, através de obrigações convertíveis a emitir pela Efacec.
Os últimos dados conhecidos davam conta de um prejuízo consolidado da empresa até abril deste ano de 21,5 milhões de euros, em resultado de um agravamento das perdas nos resultados operacionais.