Notícia Porto Canal. Costa assume ‘dossier SNS’ e reúne com direção executiva

Porto Canal
O primeiro-ministro António Costa irá reunir-se com a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) esta sexta-feira, revelou Pedro Bragança no espaço de comentário Grande Angular no Porto Canal.
Este será um momento em que será o chefe do Executivo a inteirar-se do estado da Saúde em Portugal numa reunião onde também estará uma equipa do ministério da Saúde. A reunião acontece depois de o diretor-executivo do SNS, Fernando Araújo, se ter reunido com os presidentes de administração, diretores clínicos e diretores de urgência dos hospitais, devido à recusa dos médicos em fazer mais horas extraordinárias.
O fecho de urgências tem sido uma realidade um pouco por todo o país. Em julho, o Porto Canal avançava que o Hospital de Braga iria fechar a urgência obstétrica de sexta a domingo no mês de agosto.
Na sexta-feira passada a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) alertava para a possibilidade de faltarem ambulâncias nas corporações dos bombeiros devido ao tempo que um pedido de socorro pode demorar com os atuais constrangimentos nas urgências dos hospitais.
Também na semana passada o município de Esposende aprovou uma moção em que alerta que os constrangimentos nas Urgências do Hospital de Barcelos constituem “um quadro dramático”, que “coloca em risco a saúde e a própria vida das pessoas”.
Em julho os médicos faziam greve para exigir ao Governo propostas concretas sobre a valorização da carreira e das grelhas salariais nas negociações que decorrem desde 2022.
Em setembro a realidade de greves no setor da saúde por todo o país mantinha-se, para exigir ao Governo a revisão transversal da grelha salarial de um grupo de profissionais “sempre penalizado”, afirmava o Sindicato Independente dos Médicos.
Já em outubro, a Federação Nacional dos Médicos (Fnam) anunciava uma greve de dois dias em resposta à posição do Governo de "legislar unilateralmente" o novo regime de dedicação plena, sem a concordância dos sindicatos.
As negociações entre Governo e sindicatos dos médicos iniciaram-se em 2022 sem que as partes tenham chegado a consenso.