Segundo avança o Jornal de Notícias, esta quarta-feira, existem diabéticos que não conseguem descobrir nas farmácias medicamentos que tenham as substâncias ativas dulaglutido – vendido como Trulicity - e semaglutido – vendido como Osempic -, que são usados para o tratamento da diabetes, mas também para a perda de peso.

Questionado pelo mesmo jornal, o Infarmed assegurou que os “medicamentos não estão notificados pelos laboratórios como estando em rutura”.

Já o presidente da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, João Jácome de Castro, realça à mesma fonte que “tem havido uma enorme procura internacional por estes medicamentos”, uma vez que “são eficazes e seguros no controlo de diabetes” e porque, “especialmente o liraglutido e o semaglutido” contêm “estudos muitíssimo importantes na área de perda de peso”.

Contudo, a Sociedade ressalva que, em situações de escassez, “deve ser dada prioridade às pessoas que têm diabetes e às que já estão a fazer terapêutica com eles”.

João Jácome de Castro lembra ao JN que “não tem havido capacidade de resposta para repor no mercado as quantidades que são procuradas”.

Também o presidente da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal garantiu ao mesmo jornal ter pedido uma reunião em janeiro com o Infarmed, de forma a “tentar encontrar soluções”, para os obstáculos sentidos pelos diabéticos na obtenção dos medicamentos com as substâncias dulaglutido e semaglutido. De acordo com José Manuel Boavida, este problema tem sido verificado em outros países. “Estamos a aguardar uma reunião com o Infarmed para tentarmos encontrar soluções que não permitam que esta situação se mantenha”, sublinhou.