Morreu Américo, o guarda-redes eterno

Morreu Américo, o guarda-redes eterno
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Porto Canal

Antigo guarda-redes tinha 90 anos e era o último sobrevivente da equipa campeã em 1958/59.

Morreu Américo, antiga lenda das balizas portistas que havia completado a 27 de fevereiro 90 anos e era o último sobrevivente da equipa que venceu o “campeonato-Calabote”, em 1958/59. Parte um Dragão de excelência, um ídolo de diversas gerações e um testemunho vivo de lealdade e perseverança no amor ao FC Porto, clube ao qual toda a vida esteve ligado e assim permanecerá, com certeza.

Américo Ferreira Lopes nasceu em Santa Maria de Lamas, no concelho de Santa Maria da Feira. Como era frequente na altura, só foi registado alguns dias mais tarde e ficou com 6 de março como data de nascimento oficial.

Conhecido simplesmente como Américo, ingressou no FC Porto pela porta da equipa de juniores e logo se destacou pela segurança com que defendia a baliza azul e branca. Subiu cedo à equipa principal e tornou-se reserva do mítico Barrigana, tendo disputado o primeiro jogo oficial em dezembro de 1952, ano da inauguração do Estádio das Antas.

Depois de um empréstimo ao Boavista e de ter cumprido serviço militar, Américo fixou-se nas Antas a partir de 1958/59 – ano em que realizou um jogo e sagrou-se campeão nacional – e tornou-se titular indiscutível a partir de 1961/62 e até 1968/69. Foi o tempo suficiente para se tornar uma lenda do clube.

Em anos muito difíceis, sobretudo para quem representava o FC Porto, afirmou-se como um dos melhores jogadores da liga portuguesa na década de 1960 e foi distinguido com a primeira edição do prémio Baliza de Prata, destinado ao melhor guarda-redes nacional, em 1964.

No FC Porto, clube que ajudou a conquistar uma edição da Liga portuguesa e outra da Taça de Portugal, foi galardoado com o Troféu Pinga, em 1965, e com o Dragão de Ouro de recordação do ano, em 2017. Pela seleção de Portugal, participou em 15 jogos e integrou o plantel que participou no Mundial de 1966, em Inglaterra.

Em casa, era “tudo azul” como confessou numa entrevista ao Maisfutebol, em 2017. Até a chupeta que usava quando era bebé, não fosse o clube que viria a representar com enorme devoção “o maior amor” da vida: “A minha chupeta era azul e branca (risos). O meu pai tinha uma empresa de cortiças e já era portista. Portanto, está a ver, não tive hipóteses. O FC Porto é o maior amor da minha vida, juntamente com a minha esposa”.

Realista e terra-a-terra, era reconhecedor do próprio talento e do percurso imaculado que havia cumprido de azul e branco. “Olho para trás e sei que era bom”, referiu na mesma ocasião, antes de fundamentar: “Era corajoso, mergulhava aos pés dos avançados, metia a cabeça onde eles metiam as botas. Fui um dos melhores da minha geração, se calhar o melhor”.

À família enlutada, o Futebol Clube do Porto envia os mais sentidos pêsames. Até sempre, Américo.

 

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