Braga da Cruz diz que novo aeroporto de Lisboa é pensado "muitas vezes com prejuízo do Norte"

Braga da Cruz diz que novo aeroporto de Lisboa é pensado "muitas vezes com prejuízo do Norte"
| País
Porto Canal

Luís Braga da Cruz foi o ‘Protagonista’ da noite desta quinta-feira numa entrevista em exclusivo ao Porto Canal.

O ex-ministro da Economia e antigo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte abordou temas como a Regionalização em Portugal, os fundos europeus, o papel das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional e ainda a descentralização de competências.

Braga da Cruz refere que as autarquias têm de ter competências para gerir o património cultural, acreditando mesmo que com gente competente a gestão é melhor a nível local do que central.

“O nível local tem que ter competência para gerir património cultural, de uma forma geral (…) o nível central é muito importante para definir as metodologias de intervenção tanto nos museus, como nos arquivos, quer no tratamento de outro tipo de património”, reforça.

Já sobre o novo aeroporto de Lisboa, o antigo governante refere que é preciso esclarecer se o país quer um aeroporto em Lisboa, ou um HUB aeroportuário do país.

“Se estamos a discutir o HUB aeroportuário então Lisboa decide o que é melhor para si. Agora se é o país, a primeira grande questão é saber se ele [aeroporto] deve aproximar-se do centro da gravidade da demografia portuguesa que é a norte do Tejo, ou a Sul, afastando-o desse centro de gravidade”, realça Braga da Cruz.

Para o antigo membro do Governo de António Guterres, caso o novo aeroporto seja localizado “a norte do Tejo e se aproximar de Santarém, Leiria, Coimbra, naturalmente, que serve muito mais gente para além de quem vive na capital”. Uma opção que, na opinião do antigo ministro, “não é suficiente valorizada”.

Segundo Braga da Cruz, a discussão do aeroporto em Lisboa é pensada “naqueles que o utilizam habitualmente, muitas vezes com prejuízo do Norte porque nos obrigam ir a Lisboa para ir para outros sítios, quando podíamos partir diretamente daqui para o Norte da Europa”. Face a esta situação, “é importante ponderar todas as soluções”.

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