JMJ: Marcelo defende que jovens precisam de papel político “muito maior”

Porto Canal/Agências
O Presidente da República defendeu esta sexta-feira que é preciso dar aos jovens um “papel político muito maior”, salientando que isso “desencadearia mudanças” e que a juventude tem “um capital de futuro que mais ninguém tem”.
Em declarações aos jornalistas no Parque Eduardo VII, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que as palavras do Papa Francisco sobre a juventude aplicam-se à Igreja, mas também “à política, à economia, à sociedade e às comunidades mais variadas”.
“Têm de mudar e dar um papel muito mais importante à juventude. Eu contra mim falo - não sou jovem, longe disso - (…) mas verdadeiramente aquilo que constitui o fermento das sociedades e da mudança, respeitando os outros que têm um papel a desempenhar, é a juventude”, disse.
Para o chefe de Estado, “a juventude tem uma força, uma esperança, um capital de futuro que mais ninguém tem”.
“A democracia foi feita por jovens: as gerações tinham 20 anos, os de 30 anos já eram um bocadinho velhinhos e os de 40 anos eram muito velhinhos. Isso aconteceu em todos os momentos de rutura e de mudança na sociedade”, sustentou.
Rodeado por jovens de vários países, e assinando bandeiras e t-shirts, Marcelo acrescentou que, “por definição, a juventude nunca é conservadora”, salientando que, há 20 ou 30 anos, “ninguém diria que a juventude, tanto a católica como outra, seria tão ecológica, tão de rutura em muitos aspetos como é a atual”.
“As respostas a dar passam por isto, que é desde logo os jovens terem um papel político muito maior porque, se tiverem, isso naturalmente desencadeia mudanças. Se forem minorias nos centros de poder durante muito tempo, a transformação é mais lenta”, disse.