Norte de Portugal e Galiza conseguem estabelecer colaboração “muito forte”, garante CCDR-N

Norte de Portugal e Galiza conseguem estabelecer colaboração “muito forte”, garante CCDR-N
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Porto Canal / Agências

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte considerou esta quinta-feira que, embora os poderes de decisão estejam “muito desequilibrados” na Galiza em comparação com o Norte de Portugal, tem sido possível estabelecer uma colaboração "muito forte".

Em declarações à agência Lusa, à margem de um encontro que junta esta quinta-feira em Matosinhos, no distrito do Porto, 50 diretores dos principais meios de comunicação da Eurorregião Galiza-Norte de Portugal, António Cunha falou das muitas diferenças das duas regiões e sublinhou a importância da colaboração mútua.

Para o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), António Cunha, os poderes de decisão estão desequilibrados, mas, apesar disso, tem sido possível estabelecer um quadro relacional muito forte entre as duas regiões.

Assinalou “assuntos na dimensão do comércio internacional, na promoção do produto turístico, na promoção de produtos autóctones, a importância das redes de comunicação para duas regiões periféricas como são a Galiza e o Norte de Portugal”.

“Há desafios que conjuntamente serão mais bem conseguidos”, referiu o presidente da CCDR-N.

António Cunha lembrou que a Galiza é uma região “com grande autonomia”, uma realidade que inclui também os meios de comunicação social, enquanto Portugal é “um país muito centralizado”.

“[A Galiza] tem um projeto de afirmação autonómico que também se reflete nos ‘media’, enquanto uma das evidências da centralização que Portugal tem acontece também nos ‘media’, que estão razoavelmente centralizados, até porque a capacidade de decisão política está centralizada também”, refletiu.

Já o diretor do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) da Eurorregião Norte-Galiza, Nuno Almeida, defendeu que as duas regiões devem "conversar” para “encontrar projetos comuns e reforçar os canais de comunicação”, e lembrou que existem “enumeras iniciativas de cooperação que não se veem do ponto de vista mediático, mas que acontecem todos os dias”.

“O programa IACOBUS, que promove a mobilidade transfronteiriça de professores e investigadores das universidades e institutos politécnicos de ambos os lados, e que já vai na nona edição e com mais de 1.000 participantes, acontece sem grande visibilidade”, exemplificou.

À Lusa, Nuno Almeida disse que o Norte e a Galiza, embora sejam “tão próximos, estão inseridos em modelos e políticas institucionais e até sociais completamente distintas”, algo que “também se reflete na composição societária dos órgãos de comunicação social”.

“Devemos reforçar a comunicação para que quem informa, quem faz opinião, consiga transmitir o que se passa do outro lado da fronteira”, frisou no encontro, promovido pelo Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial da Eurorregião Galiza-Norte de Portugal e que começou na quarta-feira, na Casa da Arquitetura, em Matosinhos.

Cofinanciado pelo programa Interreg VI-A España-Portugal-POCTEP, este é o primeiro seminário de diretores e editores de meios de comunicação que junta responsáveis das duas regiões.

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