O Presidente da República promulgou o novo estatuto das Comissões de Coordenação e de Desenvolvimento Regional, mas deixou uma chamada de atenção para os salários que podem ser pagos aos dirigentes destes órgãos de gestão.

De acordo com a nota de Belém, num dos casos, o vencimento atinge o do primeiro-ministro, um ordenado superior a cinco mil euros e que poderá ultrapassar os oito mil, se incluídas as despesas de representação.

As restantes remunerações vão para além dos valores pagos aos ministros que tutelam as áreas cujas competências serão assumidas pelas CCDR. Ao Porto Canal, Rio Fernandes explica ainda assim que esta pode não conseguir atrair os melhores quadros.

“É interessante notar que este não é um salário que possa atrair muita gente, sobretudo os mais competentes, os mais capacitados, que muitas vezes não vêm nos cargos políticos ou na gestão de empresas públicas, ou institutos um lugar muito atrativo e isso é lamentável”, referiu o comentador do Porto Canal, Rio Fernandes.

Na mesma nota, Marcelo Rebelo de Sousa revela ainda dúvidas quanto às metas do processo de transferência de competências e quanto à sua articulação com o processo da descentralização.