A sala de consumo vigiado do Porto, no segundo trimestre de atividade, acolheu 618 novos utilizadores. A média de novos utilizadores mantém-se de 200 por mês, confirmada no primeiro trimestre.

Segundo avança o Jornal de Notícias, 545 dos utilizadores consome droga via fumada, ao passo que 73 consome via injetada. Ao total, a sala de consumo vigiado chegou a ter 1234 pessoas registadas, nos primeiros seis meses de funcionamento. Contudo, 877 utentes (71% dos utilizadores) apresentam uma frequência “pouco expressiva”, isto é, entre uma e nove vezes.

Segundo o relatório de atividade da sala de consumo relativo ao período entre um de dezembro e 28 de fevereiro, as substâncias distribuídas em maior quantidade é a combinação de heroína e crack (314 utentes).

Algumas das estatísticas verificadas no período de tempo foram: 14327 consumos assistidos (8700 fumados; 5627 injetados), 1762 preservativos, 73100 agulhas e seringas, 400 375 pratas e cachimbos, 415 testes rápidos de rastreio, 212 serviços de consulta médica, de psicologia, enfermagem e de apoio social e 251 ações de educação para a saúde.

Através dos testes de rastreio, foi permitido estabelecer as zonas de proveniência dos utentes. Posto isto, numa amostra de 338 utilizadores, foi possível ver que 36% são do Porto, mas a maioria (41%) vive noutros concelhos da Área Metropolitana. Além disso, 23% dos utilizadores serem de outros concelhos do país, com maioria a ser da região Norte.

1000 utilizadores tiveram, também, uma ajuda alimentar e 400 receberam calçado, roupa e serviço de lavandaria.

De acordo com o relatório, dada a sua “eficaz implementação”, esta atividade poderá resultar na “adesão ao tratamento por parte de um considerável número de pessoas que, nas habituais circunstâncias da sua vida, não reúnem condições para efetivar esta adesão”.