Quais as profissões mais bem e mal pagas em Portugal?

Quais as profissões mais bem e mal pagas em Portugal?
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Esta segunda-feira assinala-se o Dia do Trabalhador e a base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, Pordata, fez uma análise à situação laboral dos portugueses, revelando as profissões mais bem e mal pagas e ainda os setores com mais trabalhadores.

A análise com base nos Censos de 2021, que foram recolhidos ainda durante a pandemia, em comparação com os Censos de 2011. Em 2021, a população empregada era de 4,4 milhões de pessoas, um acréscimo de 1,5% em relação a 2011.

Na última década, os trabalhadores não qualificados da indústria e da construção foram os que mais cresceram, cerca de 51 mil, mas não são os mais bem pagos.

Em 2021, os dados da Pordata mostram que o top das três profissões com mais trabalhadores é liderado por vendedores (365 mil), empregados de escritório e secretários (280 mil) e os trabalhadores qualificados da construção, eletricidade e eletrónica (273 mil).

Por outro lado, as maiores perdas foram a nível de diretores e gerentes, do comércio a retalho e por grosso (menos 42 mil), trabalhadores de limpeza em casas particulares, hotéis e escritórios (menos 39 mil), vendedores (menos 36 mil), trabalhadores qualificados da construção, eletricidade e eletrónica (menos 36 mil) e professores (menos 29 mil).

Relativamente às profissões mais bem pagas centram-se em cargos de gestão ou direção, como “representantes do poder legislativo e de órgãos executivos, dirigentes superiores da Administração Pública, diretores e gestores de empresas (ganhavam, em média, 3.577 euros), os diretores de serviços administrativos e comerciais (3.091 euros), os diretores de produção e de serviços especializados (2.826 euros), e os técnicos dos serviços jurídicos, sociais, desportivos e culturais (2.331 euros)”. No que diz respeito às profissões mais mal pagas, a Pordata concluiu que são as de assistente na preparação de refeições (761 euros), trabalhador de limpeza (791 euros) e trabalhador dos cuidados pessoais (818 euros).

De acordo com a Pordata há um aspeto a salientar. Um setor económico que até tenha perdido trabalhadores e pratique salários abaixo da média nacional, não significa que seja dos setores que gera menos riqueza (VAB – Valor acrescentado bruto).

“É o caso da indústria transformadora que gerou 13,8% do VAB, com destaque para as indústrias alimentar e têxtil, [e] onde os salários médios são 121 euros e 340 euros, [respetivamente], inferiores à média nacional", concluiu a Pordata.

Os setores do alojamento (VAB DE 3,6%), da agricultura (VAB de 2,5%), e das atividades e serviços de apoio (VAB de 3,8%), são aqueles que representam as maiores diferenças a nível nacional. Segundo os dados da Pordata, os trabalhadores deste setor recebem, em média, menos 380 euros e menos 283 euros, respetivamente, relativamente à média nacional.

O setor do alojamento e restauração e o da agricultura são os menos bem pagos (menos 380 euros e menos 283 euros face à média nacional). Pelo contrário, os setores mais bem remunerados são o da eletricidade, gás e água com salário médio 1.672 euros acima da média nacional, e o setor das atividades financeiras e de seguros, com salário médio de 1.080 euros acima da média.

Desigualdades entre o sexo feminino e masculino

A Pordata analisou ainda a desigualdade salarial entre homens e mulheres, concluindo que a maior diferença se encontra entre os técnicos de nível intermédio dos serviços jurídicos, sociais, desportivos, culturais, onde os homens ganham, em média, mais 2.409 euros.

As áreas poder legislativo e de órgãos executivos, dirigentes superiores da Administração Pública, diretores e gestores de empresas, representam também desigualdades, “os homens ganham, em média, mais 1.070 euros do que as mulheres”.

A análise da Pordata conclui que Portugal é o quinto país da União Europeia com menor produtividade no trabalho, 35% inferior à média da União Europeia.

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