Após 18 meses, tabuleiro inferior da Ponte Luís I reabre ao trânsito esta sexta-feira
Maria Leonor Coelho
O tabuleiro inferior da Ponte Luiz I, entre o Porto e Vila Nova de Gaia, reabre ao trânsito esta sexta-feira às 10h, cerca de um ano e meio depois de ter fechado para obras de reabilitação.
As novidades na ponte
Durante a intervenção, foram reparadas anomalias relacionadas com corrosão superficial de elementos metálicos. Os rebites foram substituídos, as chapas deformadas foram retificadas, as vigas foram reforçadas e o piso foi substituído.
Com o reforço da estrutura metálica, o tabuleiro inferior da Ponte Luiz I passa a permitir a circulação de veículos até 60 toneladas, o dobro do peso admitido anteriormente.
Além disso, foi instalado um aparelho oleodinâmico na laje de transição do lado de Gaia, que permite a resistência da ponte em caso de sismo.
Para a reabilitação do tabuleiro inferior da ponte, foi feito um investimento de 4,2 milhões de euros, 900 mil euros mais caro do que estava inicialmente previsto, segundo adiantou fonte da IP ao Porto Canal.
Pedras no caminho
Inicialmente, a conclusão da empreitada estava prevista para outubro de 2022, mas devido à descoberta de elementos com “média a elevada corrosão” em quantidade superior ao que seria expectável e aos constrangimentos no fornecimento de aço provocados pela guerra na Ucrânia, as obras atrasaram.
Valter Barbosa garante que houve mais uma pedra no caminho. Foi difícil “conjugar as obras com o trânsito pedonal”, confessa.
Foi, portanto, anunciada uma nova data. A 31 de março de 2023, os tapumes deveriam ter sido retirados, mas o prazo não foi, novamente, cumprido.
Fonte da IP avançou ao Porto Canal que as condições meteorológicas atrasaram os trabalhos de pintura, pelo que teve de ser imposto um novo prazo, 14 de abril.
Esta sexta-feira, depois de estarem reunidas todas as condições, a ligação entre as cidades do Porto e de Gaia pode voltar a ser feita através da Ponte Luiz I.
Ainda assim, a menos de 24 horas do regresso da circulação rodoviária, ainda se ouvem as máquinas a trabalhar.
Durante a tarde desta quinta-feira, as vozes dos turistas que circulavam no tabuleiro inferior da travessia eram abafadas pelo ruído fervoroso das obras. Os trabalhadores rematavam os últimos pormenores.
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Notícia editada por Joana Almeida Carvalho