Obra do Heliporto do Hospital São João deve terminar no final do mês
Porto Canal
A empreitada do heliporto do Hospital São João deve terminar no final do mês. Com a abertura, o Porto deixa de ser a única cidade do país com dois hospitais centrais sem heliporto para emergência médica.
A infraestrutura deve estar pronta no final do mês de abril, contudo a previsão apontava que o heliporto ficasse operacional no primeiro trimestre deste ano. O investimento é de 1,7 milhões de euros, financiada em 70% por fundos europeus.
Em novembro de 2022, fonte hospitalar garantiu à TSF que a construção do heliporto ficaria concluída até ao final de 2022, contudo quatro meses depois da data prevista as obras continuam.
A abertura do heliporto, próximo do edifício do hospital, traz vantagens para situações críticas, nomeadamente “o trauma muito grave, o AVC, o Infarte e da infeção muito grave, em que nós sabemos, medicamente, que cada minuto conta”, disse Nélson Pereira, diretor do Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Universitário São João, ao Porto Canal.
“É o primeiro heliporto elevado com ligação direta ao corpo do hospital e às salas de emergência. Isso era um dos grandes objetivos que tínhamos era criar uma ligação rápida, eficaz em termos clínicos”, apontou Jorge Sousa, diretor do serviço de instalações e equipamentos do hospital.
ANAC e os heliportos hospitalares
Apenas os heliportos dos hospitais Beatriz Ângelo (Loures) e Garcia de Orta (Almada), dos quase 40 existentes no país, estão autorizados a operar, revelou a presidente da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Tânia Cardoso Simões foi ouvida esta quarta-feira na Comissão de Saúde da Assembleia da República, em Lisboa, após um requerimento do grupo parlamentar do PSD sobre o heliporto do Hospital de Lamego, tendo o deputado do PCP João Dias questionado a responsável sobre o panorama nacional dos heliportos hospitalares.
A presidente da ANAC começou por explicar que, segundo um diploma de 2010, os heliportos utilizados para operações de emergência médica, de combate a incêndios ou outros fins de proteção civil necessitam de uma autorização do regulador.