Formalizada em Bragança criação de Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos

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Porto Canal / Agências

Bragança, 18 jul (Lusa) -- Cerca de 30 entidades formalizaram hoje, em Bragança, o acordo para a criação do Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos, que centraliza na cidade transmontana a promoção da investigação e inovação neste setor.

Este é o terceiro da nova rede nacional de centros especializados, depois de formalizados os do tomate e do sobreiro, como adiantou o secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito.

O governante presidiu hoje, em Bragança, à cerimónia, no Brigantia Ecopark, onde estava tudo preparado para receber a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, cuja presença permaneceu anunciada no painel atrás da mesa do protocolo, apesar de ter mandado dizer que reuniões agendas na véspera a impediram de se deslocar ao evento, segundo transmitiu o secretário de Estado.

Nuno Vieira e Brito justificou a escolha desta região para a criação deste centro, que deverá estar operacional dentro de 60 dias, pela importância do setor, já que Trás-os-Montes representa 80% da produção nacional de castanha e destaca-se também na produção de amêndoa e noz.

"O que se pretende nesta área é que comecem a falar todos, dentro daquilo que são as necessidades da produção para que dessa forma se faça investigação útil ao produtor", declarou o governante.

As cerca de 30 entidades, entre associações do setor, empresas, instituições académicas, entre outras, vão trabalhar em conjunto toda a fileira "desde a produção, questões ligadas à sanidade, nomeadamente doenças como a tinta, o cancro ou a recente ameaça da vespa do castanheiro, ou fenómenos tecnológicos, por exemplo na área da comercialização.

A sede deste centro de competências ficará instalada no centro de ciência e tecnologia Brigantia Ecopark e é para já a ocupar aquele espaço.

A cerimónia de hoje constitui "o primeiro passo para o arranque" deste novo equipamento em fase de conclusão para cativar empresas e projetos amigos do ambiente, como indicou Hernâni Dias, o presidente da Câmara de Bragança.

"A assinatura deste acordo é de facto algo que vem ajudar ao desenvolvimento do Brigantia Ecopark", sublinhou o autarca.

Para Alípio Mateus, da Amendoacoop (Torre de Moncorvo), uma das parceiras, o centro de competências "será bom se correr bem", e a expectativa que tem é de que "vá valorizar mais" os produtos em causa e ajudar a que sejam comercializados "em melhores condições".

Expectativa idêntica tem Vasco Veiga, gerente da Sortegel, a maior exportadora de castanha de Bragança, para quem este centro nacional será importante "se funcionar bem", sobretudo se ajudar localmente a criar mais-valias.

"Há necessidade de vir a desenvolver estudos, meter aqui gente, juventude, enquadrada com as universidades de modo a podermos desenvolver produtos novos e dar mais-valia ao produto bruto que temos", defendeu.

Já Carlos Silva, da Proruris (Vinhais), espera que venha a colmatar a "falta transferência do conhecimento para a produção, de maneira a melhorar o que existe e a "satisfazer cada vez mais o mercado dos frutos secos a nível europeu".

HFI // JGJ

Lusa/fim

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