Magnólia centenária do Porto não será classificada
Porto Canal
A classificação da magnólia centenária do Porto não avança devido à oposição de alguns coproprietários.
A magnólia centenária, originária da China, é um dos segredos mais bem guardados da cidade do Porto. A árvore cresce nas traseiras de um prédio localizado na Prelada, onde o escritor portuense Afonso Reis Cabral passou a sua infância e juventude.
Em janeiro do ano passado, o escritor publicou no Facebook um convite para que as pessoas se dirigissem ao local para apreciarem a “magnólia denudata”, atraindo, assim, dezenas de pessoas.
Após um ano, em vias de ser classificada como de interesse nacional pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), segundo o Jornal de Notícias (JN), alguns dos coproprietários opuseram-se, afirmando querer deixar tudo como está.
Afonso Reis Cabral, inconformado com a situação, critica os coproprietários, donos de várias frações do prédio e da mesma família. Em conversa com o JN, afirma que a família “não demonstra qualquer amor pela árvore” e alerta para a localização da árvore deixar a magnólia “especialmente vulnerável”. Para além disso, o mesmo condena a postura do ICNF, afirmando que “a lei não obriga à concordância dos coproprietários” e que o mesmo não a “classifica por medo”.
A magnólia já era vista em fotografias aéreas da cidade em 1939 e, apesar de existir outra “denudata” no jardim da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, esta não se compara no porte e na monumentalidade à do prédio da Prelada.