Homem julgado no Porto por tentativa de homicídio com arma de fogo

Homem julgado no Porto por tentativa de homicídio com arma de fogo
| Porto
Porto Canal / Agências

Um homem de 22 anos está a ser julgado no Porto por tentativa de homicídio de um outro contra o qual disparou dois tiros, tendo a vítima ficado incapacitada, descreveram esta terça-feira as testemunhas de acusação.

Na sessão que decorreu na manhã desta terça-feira no Tribunal de S. João Novo, na qual o arguido não prestou declarações, as testemunhas ouvidas, amigos e familiares da vítima, assim como agentes da PSP e Polícia Judiciária (PJ) envolvidos no caso, descreveram o atual estado desta, agora com 30 anos, como “depressivo, triste e sem objetivos”.

Os factos aconteceram no bairro de Francos, no Porto, e remontam ao dia seis de fevereiro de 2022, um domingo, data em que “no meio de uma discussão” entre o pai do arguido, que se encontra em prisão preventiva, e um outro homem, o arguido “sacou de uma arma” e disparou dois tiros, que atingiram a vítima “que nada tinha a ver com aquilo”.

Segundo consta na acusação, a fonte ligada à investigação disse à Lusa, “o pai do arguido e o ex-cunhado da vítima estariam a discutir por causa de uma história mal contada relacionada com dinheiro de droga, o filho meteu-se, levou um pontapé, sacou uma arma e acabou por atingir não quem lhe deu o pontapé mas outro homem”.

O arguido foi detido “algumas semanas depois” dos factos na zona de Leiria, local para onde “terá ido porque a namorada dele que, entretanto, deu à luz um filho dele [do arguido] vivia lá”, referiu a fonte.

“Ouvi um burburinho, desci para a porta do prédio, deparei-me com berros e vejo o arguido a meter a mão atrás das costas, o meu amigo deu-lhe um pontapé, ele recuou, sacou a arma e depois ouvi dois disparos”, contou uma das testemunhas, amigo da vítima e que presenciou os factos, ouvidas na manhã desta terça-feira.

Ao tribunal, a irmã da vítima descreveu o irmão como sendo um “rapaz alegre, desportivo, cheio de atividade” antes de ter sido atingido: “Agora tem 30 anos, provavelmente nunca voltará a andar, não poderá ser pai e está o dia todo ou numa cadeira de rodas ou deitado, dependente para tudo, de fraldas, sem projeto de vida”, disse.

O julgamento continua dia 18 de abril, para apresentação de um relatório médico-legal e alegações finais.

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