TikTok proibido em mais três instituições europeias

TikTok proibido em mais três instituições europeias
| Mundo
Porto Canal/Agências

O Parlamento Europeu (PE), o Comité das Regiões (CdR) e o Conselho Económico e Social (CES) decidiram proibir a rede social TikTok nos telemóveis profissionais, recomendando ainda a sua exclusão em dispositivos pessoais, foi esta quarta-feira divulgado.

A suspensão desta aplicação por estes organismos segue-se a uma decisão semelhante tomada pela Comissão Europeia (CE) e o Conselho da União Europeia (UE), noticiou a agência Efe, que cita fontes da comunidade europeia.

A medida será aplicada a partir de 20 de março no PE, enquanto o CdR e o CES instaram os seus funcionários a desinstalar o TikTok “o mais rápido possível e, de qualquer forma, o mais tardar em 15 de março”.

O PE também apelou para que a rede social seja desinstalada "o mais rápido possível" e recomendou "fortemente" que os deputados e funcionários removam o TikTok dos seus dispositivos pessoais, segundo as mesmas fontes.

Esta decisão foi tomada pelo Parlamento, pelo CdR e pelo CES devido a “preocupações com a cibersegurança”, em particular no que diz respeito à proteção de dados e à recolha de dados por terceiros.

Além disso, partir de 20 de março o acesso ao TikTok através da rede corporativa do PE também será bloqueado, medida que implica computadores de ‘desktop’ e ‘laptops’ corporativos.

O Parlamento Europeu lembrou que o TikTok não faz parte da configuração padrão dos dispositivos corporativos da instituição e observou que revê de forma contínua as suas medidas de cibersegurança em estreita colaboração com as outras instituições da UE.

As fontes da comunidade europeia acrescentaram que o PE monitoriza "constantemente" as ameaças à cibersegurança e as ações que podem ser usadas para ciberataques contra o seu ambiente corporativo.

"Decidimos que a aplicação TikTok não deve ser usada ou instalada em qualquer dispositivo utilizado para aceder aos serviços tecnológicos dos Comités. Esta deve ser desinstalada dos dispositivos fornecidos e recomendamos fortemente desinstalá-lo de seus dispositivos privados", pode ler-se no ‘email’ enviado esta quarta-feira aos trabalhadores do CdR e do CES, a que a EFE teve acesso.

Na semana passada, a Comissão Europeia (CE) e o Conselho da União Europeia (UE) anunciaram que vão proibir o TikTok dos seus dispositivos móveis oficiais, numa altura em que pretendem proteger melhor a segurança face ao aumento dos ciberataques.

Depois de conhecer a decisão do executivo da comunidade europeia, o TikTok solicitou uma reunião com os responsáveis para "esclarecer a situação" sobre as suas próprias medidas de segurança.

A plataforma de rede social chinesa realçou, em comunicado, que ficou "surpreendida" com a medida e por não ter recebido um contacto prévio.

Há já algum tempo que Bruxelas foca a sua atenção no TikTok e nas restantes grandes empresas tecnológicas e, neste contexto, reuniu-se em janeiro com o CEO da empresa chinesa, Shou Zi Chew, a quem ameaçou proibir a sua utilização no União Europeia caso a rede social não impeça que menores tenham acesso a vídeos potencialmente mortais" e se não impedir que os dados dos utilizadores sejam transferidos para países terceiros.

As instituições europeias estão também a seguir os passos dos Estados Unidos, onde o Congresso proibiu legisladores e funcionários de instalarem a aplicação nos seus telemóveis oficiais. Vários estados e instituições académicas tomaram medidas semelhantes.

O Canadá, por sua vez, anunciou na terça-feira a proibição de funcionários federais utilizarem a aplicação em telemóveis oficiais, por representar um risco "inaceitável" à sua privacidade e segurança.

+ notícias: Mundo

Crianças e jovens do Bairro do Cerco protagonizam mostra da PhotoEspaña

Crianças e jovens do Bairro do Cerco, no Porto, retratados pelo finlandês Uwa Iduozee são os protagonistas de uma exposição da edição deste ano do festival de fotografia PHotoEspaña, que arranca na quarta-feira.

Comissário europeu quer construção de “Europa social forte” para garantir que cidadãos acreditem na UE

O comissário europeu do Emprego e Direitos Sociais, Nicolas Schmit, defendeu este sábado que é necessário construir uma “Europa social forte” e responder “às preocupações e receios” dos cidadãos, para garantir que apoiam o projeto europeu.

Diretor da Organização Internacional do Trabalho alerta que escassez de mão-de-obra vai aumentar se não houver “ações decisivas”

O diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Gilbert Houngbo, alertou este sábado que há atualmente “mais desigualdades, mais pobreza e mais pessoas a serem deixadas para trás” e defendeu que, “sem ações decisivas”, a escassez de mão-de-obra irá aumentar.