Um ano depois, Filipa Ramos está de saída da direção da Galeria Municipal do Porto
Porto Canal
A notícia, que surge 12 meses depois Filipa Ramos de ter assumido o departamento de arte contemporânea da ‘Ágora’ e a direção artística da Galeria Municipal do Porto (GMP), foi avançada pelo Público. Segundo o jornal, que contactou o departamento de comunicação da 'Ágora', a demissão da curadora ter-se-á devido a “motivos de natureza pessoal”.
A empresa municipal responsável pela gestão de todas valências relacionadas com a cultura e desporto da cidade ‘Invicta’ esclarece que a ainda diretora da GMP “continuará a colaborar pontualmente” com a autarquia, nomeadamente no acompanhamento de toda a programação que estabeleceu para o corrente ano, agradecendo “todo o trabalho desenvolvido”.
Filipa Ramos tinha também como funções as aquisições para a Coleção Municipal de Arte, a coordenação da Fonoteca Municipal do Porto e a ‘Pláka’, plataforma que apoia projetos como o Criatório, O Shuttle e o InResidence. Segundo o Público não existem ainda previsões quanto a quem a poderá substituir, nem tão pouco estão definidos os moldes em que tal será feito.
Esta demissão surge menos de seis meses depois do afastamento de Nuno Faria, ex-diretor artístico do Museu da Cidade do Porto, outro organismo sob a alçada da Ágora. À época, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, terá alegado “visões não convergentes para o futuro do Museu da Cidade”, ideia reforçada pelos relatos de crescentes tensões entre as estruturas administrativas da autarquia e os programadores dos organismos culturais da cidade.
Filipa Ramos havia regressado a Portugal no início de 2022, depois de duas décadas que fora que incluíram uma passagem pela Art Basel e a Bienal de Xangai.
A curadora, artista e escritora é natural de Lisboa, filha de mãe arquiteta e pai professor de história, e esteve à conversa com o Porto Canal "N'Agenda" de 29 de janeiro: