Greve da Silopor ameaça abastecimento de bens essenciais
Porto Canal
Os profissionais do setor alimentar alertam para a possibilidade de rutura de bens essenciais devido à greve da empresa de descarga e armazenagem de granéis alimentares, Silopor.
Os alertas chegam de organizações do comércio e da indústria alimentar.
De acordo com o Jornal de Notícias, o secretário-geral da Associação Portuguesa dos Industriais dos Alimentos Compostos para Animais (IACA), pede ao Governo que chegue a um consenso com os trabalhadores da empresa, para que a greve não se prolongue por muito mais tempo. Avisa ainda que há "barcos que deviam ser descarregados em três ou quatro dias, mas estão a levar mais tempo".
Já o Ministério da Agricultura garante que não há problemas nem falhas no abastecimento dos produtos, algo que é confirmado pelo responsável da IACA. No entanto, Jaime Piçarra diz que este é um cenário possível, caso a greve continue.
Também o secretário-geral da Associação Nacional de Armazenistas, Comerciantes e Importadores de Cereais e Oleaginosas, José Miguel Ascensão, admitiu ao JN que estão em causa "milhões de prejuízos gerados pelos navios que ficam à espera" e que, por isso, é melhor para o Governo responder às reivindicações dos trabalhadores da Silopor, como a atualização dos salários.
As associações relembram que em causa pode estar "um novo aumento de preços e a rutura pontual do abastecimento", caso a greve se mantenha.
A paralisação destes trabalhadores começou no início de fevereiro.