Bruxelas está mais pessimista que o Governo e prevê inflação de 5,4% em 2023 

Bruxelas está mais pessimista que o Governo e prevê inflação de 5,4% em 2023 
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| Economia
Porto Canal/Agências

A Comissão Europeia reviu esta segunda-feira em ligeira baixa a previsão de inflação para Portugal este ano, para 5,4%, acreditando que o pico foi atingido no último trimestre do ano passado, mas continuando mais pessimista do que o Governo.

Nas previsões de inverno, divulgadas esta segunda-feira, Bruxelas aponta para uma taxa de inflação em Portugal de 8,1% em 2022, de 5,4% em 2023 e de 2,6% em 2024.

A previsão para 2022 é superior em 0,1 pontos percentuais (pp.) face ao relatório de novembro, mas é revista em baixa de 0,4 pp. face ao esperado anteriormente para este ano.

Ainda assim, continua mais pessimista do que o Governo português, que no relatório do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) prevê uma taxa de 4% este ano.

Contudo, Bruxelas acredita que “o pico da inflação foi alcançado” no quarto trimestre de 2022, já que a taxa de inflação desacelerou durante o mês de janeiro, refletindo um menor crescimento no índice de preços de energia.

As previsões da inflação para Portugal comparam com as da média da zona euro, para a qual o executivo comunitário prevê uma desaceleração de 8,4% em 2022 para 5,6% em 2023 e para 2,5% em 2024. Para a União Europeia aponta para uma taxa de inflação de 9,2% em 2022, de 6,4% em 2023 e de 2,8% em 2024.

A Comissão Europeia realça que se prevê, assim, que a inflação em Portugal desacelere ao longo do horizonte de projeção, em linha com a correção em baixa dos preços da energia e a evolução prevista para os mercados das matérias-primas.

Salienta ainda que “as fortes chuvas registadas na Península Ibérica nos últimos meses deverão também apoiar a trajetória ‘desinflacionista’ tanto no mercado energético como alimentar, invertendo em parte os efeitos negativos da forte seca que afetou o país até setembro de 2022”.

“O aumento do nível das barragens já parece contribuir para a diminuição significativa dos preços grossistas da eletricidade no mercado ibérico”, realça.

No entanto, destaca que se espera que “o aumento das pressões salariais mantenha os preços dos serviços e a inflação ‘core’ relativamente altos”.

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