Segundo dados divulgados esta terça-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu, em volume, 3,1% em termos homólogos e 0,2% em cadeia relativamente ao 4º trimestre. Para o conjunto do ano de 2022, o aumento é de 6,7%.

"No conjunto do ano 2022, o PIB registou um crescimento de 6,7% em volume, o mais elevado desde 1987, após o aumento de 5,5% em 2021 que se seguiu à diminuição histórica de 8,3% em 2020, na sequência dos efeitos adversos da pandemia na atividade económica", pode ser lido no relatório apresentado pelo INE.

De acordo com o Instituto, a "procura interna apresentou um contributo positivo expressivo para a variação anual do PIB, mas inferior ao observado no ano anterior, verificando-se uma aceleração do consumo privado e um abrandamento do investimento".

"O contributo da procura externa líquida foi positivo em 2022, após ter sido negativo em 2021, tendo-se registado uma aceleração em volume das exportações de bens e serviços e uma desaceleração das importações", acrescenta.

Depois de um crescimento de 5,5% em 2021, este crescimento de 6,7% em 2022, fica, ainda assim, abaixo das previsões do governo, uma vez que Fernando Medina, ministro das Finanças, se tinha mostrando convicto, no final de dezembro, que Portugal iria finalizar “o ano de 2022 com um crescimento (da economia) de cerca de 6,8%”.

No entanto, esta taxa fixa-se acima dos 6,5% estimados no Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), que deu entrada no parlamento em outubro passado.