Sérgio Conceição: “Estes jogos ganham-se assim”
Porto Canal
O FC Porto saiu de Guimarães com nota positiva num teste exigente. Pressionados pelos triunfos dos rivais da frente na 17.ª jornada, os Campeões Nacionais foram ao Estádio D. Afonso Henriques vencer por 1-0 e somar mais três pontos na luta pelo principal objetivo da temporada. Sérgio Conceição relembrou que “o Vitória não fez um remate enquadrado”, destacou a postura “competente na defesa” e o “espírito” e “atitude positiva” do coletivo portista.
Resultado sem arte
“Um jogo historicamente difícil, o Vitória é uma equipa competitiva, o ambiente é difícil, os adeptos fervorosos e apaixonados, e temos de ser mais eficazes em termos ofensivos. Se definíssemos melhor e tivéssemos feito um segundo golo, aí acabava o jogo. Numa bola parada, numa situação confusa, pode surgir um dissabor. Controlámos o jogo, o Vitória não fez um remate enquadrado, foi um jogo competente da minha equipa, não tanto como queríamos porque na zona de definição não estivemos tão bem, mas valeu pelo espírito e pela atitude positiva. Estes jogos ganham-se assim, sem nota artística mas com o resultado e com os três pontos que eram o que interessava.”
O jogo pormenor
“Houve momentos em que chegávamos com alguma facilidade, mas depois havia a basculação do Vitória e fomos algo previsíveis a explorar as costas da linha defensiva sabendo que eles estavam num bloco baixo, mas podíamos e devíamos ter mais jogo interior. Acho que dessa forma poderíamos ter criado mais dificuldades, faltou-nos essa capacidade. Alguns momentos foram metidos em campo, outros nem tanto, nomeadamente essa capacidade de criar mais desconforto contra uma linha de cinco e de quatro muito juntas. Faltou-nos um bocadinho disso, mas mesmo dessa forma continuámos muito competentes na defesa, fizemos um excelente golo, podíamos ter feito outro e o 1-0 é sempre desconfortável. A entrada do Marko Grujic teve a ver com isso, com o jogo direto, não que o Eustaquio estivesse mal.
Fiel a si próprio
“Tem a ver com pequenos pormenores que me saltam à vista e que eu peço aos jogadores e eles não me dão. São coisas que acontecem no jogo, no momento, ainda bem que o árbitro não pensou que era para ele porque estava sujeito a levar um cartão amarelo. É a minha forma de ver o jogo, gesticulando e falando com os jogadores. Faz parte do meu caráter.”
Em Leiria para ganhar
“Estamos a pensar que a Taça da Liga é tão importante como os outros troféus. Não tenho dúvida que, com maior ou menor dificuldade, podemos chegar à final e ganhar. Agora, isso depende da forma como olhamos para a competição. Comigo temos chegado sempre longe, porque um título é um título e nos objetivos traçados no início da época está incluída a Taça da Liga. Vamos jogar contra o Académico com a máxima seriedade, vamos olhar para o Viseu como o jogo mais importante da época e é assim que se trabalha neste clube. Não há nenhum tipo de relaxamento, estamos sempre no red line.”