Washington, 13 jul (Lusa) -- Os Estados Unidos expressaram hoje a sua "profunda preocupação" perante os atos de violência continua na Líbia e advertiram que a "perigosa" situação "poderia conduzir a um conflito generalizado" no país africano.

"Afirmamos o nosso apoio à transição democrática da Líbia e exortamos a formação do novo Parlamento o mais rapidamente possível", disse a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano Jen Psaki.

A administração norte-americana destacou o "papel vital" da Assembleia para a Redação da Constituição Líbia para a "construção de um novo país" e apelou a que esta possa desenvolver o seu trabalho "sem ingerências ou violência".

"O futuro da Líbia não será assegurado pela força das armas, somente através de um acordo político e do diálogo nacional que permita ao Estado garantir a segurança e o Estado de Direito em todo o país", reiterou Psaki.

Além disso, instou todas as partes a iniciar um diálogo construtivo para resolverem as suas disputas.

O leste da Líbia, em especial a cidade de Bengasi, é cenário desde a queda do regime de Muammar Kadhafi, em 2011, de uma onda de homicídios e atentados que têm tido como alvo membros dos corpos de segurança, ativistas políticos, jornalistas, juízes, advogados, diplomatas e cidadãos estrangeiros.

A incapacidade dos sucessivos governos de transição em estender a sua autoridade e garantir a segurança empurrou a Líbia para uma crise profunda, com a qual terá de lidar o futuro Parlamento.

As eleições legislativas, realizadas a 25 de junho, ficaram marcadas por um ataque a militares, que causou mortos, e uma baixa participação.

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