Registados mais de 470 crimes eleitorais no Brasil
Porto Canal / Agências
O Brasil registou 474 crimes eleitorais, segundo o último boletim da Polícia Federal divulgado pelo Ministério da Justiça do país, neste domingo, quando 156 milhões de eleitores participam do sufrágio numa votação que transcorre em clima de tranquilidade.
De acordo com o boletim do Tribunal Superior Eleitoral, 1420 urnas eletrónicas precisaram de ser substituídas em todo o país. O número representa 0,27% do total de urnas utilizadas.
Do total de 474 crimes registados, num balanço feito por volta das 12.30 horas (horário local), 76 reportam-se a ocorrências à boca da urna, 115 a casos de compra de voto, nove a tentativas de violação de voto, 16 a transporte irregular e 65 foram crimes cometidos nos locais de votação.
Foram detidas 184 pessoas e apreendidas nove armas, assim como 1,9 milhões de reais (360 mil euros) em dinheiro que alegadamente seria usado para comprar votos.
Neste cenário tenso, em razão da polarização entre apoiantes do atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, e os apoiantes de Lula da Silva, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, disse aos jornalistas após votação em São Paulo que o dia estava passando "com calma e segurança".
Ao contrário das eleições anteriores, todas as assembleias de voto abriram às 8 horas de Brasília (12 horas em Portugal continental), numa espécie de subordinação de todas as mesas ao fuso horário da capital brasileira. Os mais de 156 milhões de eleitores poderão votar até às 17 horas (21 horas em Portugal continental), nas 577.125 urnas eletrónicas espalhadas por 5570 cidades do país.
Além de Lula da Silva e Bolsonaro, disputam as presidenciais brasileiras os candidatos Ciro Gomes, Simone Tebet, Luís Felipe D'Ávila, Soraya Tronicke, Eymael, Padre Kelmon, Leonardo Pericles, Sofia Manzano e Vera Lúcia. Caso nenhum dos candidatos presidenciais ultrapasse 50% dos votos válidos, os dois mais votados voltam a enfrentar-se numa segunda volta, a 30 de outubro.