Grávidas têm tido dificuldades em agendar ecografias no Serviço Nacional de Saúde. Hospital de São João é um dos exemplos 

Grávidas têm tido dificuldades em agendar ecografias no Serviço Nacional de Saúde. Hospital de São João é um dos exemplos 
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Porto Canal

Os hospitais de norte a sul do país estão a ter dificuldades em realizar exames a grávidas quando há cada vez menos médicos com convenções. O hospital de São João, no Porto, é um dos hospitais do país que não tem tido capacidade de resposta, uma vez que não estão a realizar ecografias do 2º trimestre desde julho deste ano, mesmo a grávidas que são referenciadas pelos centros de saúde.

De acordo com Manuel Melo, administrador da pediatria, foi necessário fazer ajustes nos turnos de ecografia, de forma a ser possível responder à falta de médicos no serviço de urgências e no serviço de urgência de genecologia-obstetrícia. Reforça, no entanto, que o hospital continua a dar resposta às ecografias de 1º trimestre e ao rastreio bioquímico, justificando que essa resposta é “bastante relevante do ponto de vista clínico e de eventual decisão dos pais e da mulher grávida”.

Mas esta não é uma situação presente apenas no Hospital São João no Porto, é algo que se regista em várias unidades do país. Uma vez que as grávidas não têm conseguido fazer as ecografias de 2º trimestre, acabam por ter de procurar médicos com convenções com o SNS. No entanto, o serviço nacional de saúde paga menos de 20 euros por casa exame, enquanto que a ADSE paga pouco mais de 100 euros.

O presidente do Colégio da especialidade da Ordem dos Médicos disse à Renascença que os problemas podem ser justificados precisamente pelo desvio dos especialistas dos hospitais para assegurar as urgências, tal como explicou o administrador da pediatria do Hospital São João.

“O problema que temos identificado no SNS é que tem havido um desvio das atividades de rotina para as atividades dos blocos de partos das urgências. Portanto, temos hospitais com pessoas capazes de realizar ecografias, mas que não dedicam o tempo que deviam a este exame”, explicou João Bernardes.

Outro problema apontado pelo responsável, é aquilo que o SNS paga por cada ecografia, “é tão pouco que os obstetras recusam fazer convenções com o SNS”. No entanto, reitera que há cerca de 250 médicos que têm competência para fazer ecografia obstétrica diferenciada e que são mais do que suficientes para as necessidades atuais.

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