Dragões: Super mais super não há

Dragões: Super mais super não há
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Porto Canal / Dragões

Em Aveiro, a 30 de julho, o FC Porto conquistou a 23.ª Supertaça da sua história e tornou ainda mais impressionante um percurso na competição que não tem igual em Portugal nem na Europa. Como os números não mentem, a Dragões reuniu os dados que confirmam que a relação entre o FC Porto e esta prova é realmente única e especial.

A democracia começou a ser implantada em Portugal há 48 anos, a Supertaça Cândido de Oliveira disputa-se oficialmente há 41. Esta competição é, assim, a que melhor espelha as transformações ocorridas no futebol português após o 25 de abril de 1974, por isso não é de estranhar o domínio indiscutível do FC Porto nesta prova: não há clube com mais títulos, participações, jogos disputados, vitórias e golos marcados do que os Dragões.

Os números chegam a ser avassaladores. Os azuis e brancos estiveram presentes em 31 das 42 edições Supertaça (ou seja, em cerca de três quartos), em oito delas com o duplo estatuto de campeões nacionais e vencedores da Taça de Portugal, em 15 por terem vencido a Liga portuguesa, em seis por terem ganho a Taça e apenas em duas ocasiões por terem sido finalistas vencidos da segunda mais importante competição nacional.

Dos 31 troféus que disputou, o FC Porto venceu 23 (uma vez mais, cerca de três quartos), 12 deles frente ao Benfica, dois contra o Vitória de Guimarães e os restantes face ao Estrela da Amadora, ao Boavista, à União de Leiria, ao Vitória de Setúbal, ao Paços de Ferreira, à Académica de Coimbra, ao Desportivo das Aves e ao Tondela. Cinco deles, entre 2009 e 2013, foram conquistados consecutivamente, no que foi o segundo penta inédito dos Dragões em competições nacionais.

Também ao nível dos registos individuais a supremacia é azul e branca. João Pinto e Vitor Baía são os jogadores com mais títulos, ambos com oito, e o mítico capitão de Viena é ainda o atleta com mais participações na competição (12) e mais jogos disputados (25). O melhor marcador da história da prova é Domingos Paciência, com seis golos.

O brilho dos feitos do FC Porto na Supertaça não é ofuscado se olharmos à realidade do mesmo tipo de competição nos nove países que, para além de Portugal, integram o top-10 do ranking da UEFA. Pelo contrário. O número total de conquistas (23) não é superado por nenhum clube e só o Manchester United se aproxima (21). Mas há um pormenor a ter em consideração: enquanto a Supertaça portuguesa é oficialmente disputada desde 1981, a inglesa foi criada em 1908, o que significa que os Dragões venceram 23 em 42 possíveis, enquanto os Red Devils conquistaram 21 em 98.

A percentagem de conquistas do FC Porto em edições oficiais desta prova (54,8%), de resto, não é superada por nenhuma equipa, e apenas em França há séries superiores a cinco vitórias consecutivas (Lyon e Paris Saint-Germain ganharam seis supertaças consecutivas, entre 2002 e 2007 e de 2013 a 2018, respetivamente).

As Supertaças envolvem, normalmente, os vencedores das duas principais competições nacionais, por isso são bons espelhos da realidade do futebol de cada país, sobretudo se forem tidas em consideração cronologias longas. O histórico dos Dragões em 41 anos de Supertaça Cândido de Oliveira, sem paralelo em Portugal e na Europa, reflete o sucesso indiscutível do clube no pós-25 de abril. Da mesma forma, o facto de o FC Porto ser o único clube português que já disputou e conquistou a Supertaça Europeia dá conta de outra realidade indiscutível: nas últimas décadas, o FC Porto foi a única equipa portuguesa de dimensão verdadeiramente europeia.

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