Grande reportagem. Sem cadastro - O território para lá dos incêndios
Maria Abrantes
A carta de perigosidade de incêndio rural, entretanto suspensa até 31 de março, foi adiada para 31 de dezembro de 2024. A contestação não é nova, mas acabou por ganhar mais força com a aproximação do fim da suspensão do documento.
Foram vários os autarcas que se insurgiram contra a carta de perigosidade, especialmente os do interior do país, que consideravam a carta totalmente irrealista, com a aplicação de medidas de prevenção e várias restrições, sempre que o boletim meteorológico registar condições favoráveis à progressão de incêndios.
O documento, que define as zonas mais críticas, passou igualmente a dizer que as autarquias devem “substituir-se aos proprietários” na limpeza das faixas de gestão de combustível.
O tema não passou ao lado da Grande Reportagem “Sem Cadastro – O território para lá dos incêndios” que, já em 2022, dava nota dos 60 mil hectares de floresta que arderam até ao mês de agosto e da falta de políticas de ordenamento do território, essenciais para a prevenção e proteção das florestas, a nível nacional.
No dia internacional das florestas, que se celebra a 21 de março, recordamos a reportagem que investiga o que foi feito e, especialmente, o que falta fazer para evitar cenários semelhantes aos grandes incêndios, por exemplo, de 2017.