'Jihadistas' crucificam oito rebeldes numa aldeia do norte

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Porto Canal / Agências

Beirute, 29 jun (Lusa) -- 'Jihadistas' do Estado Islâmico do Iraque e do Levante crucificaram publicamente oito rebeldes sírios de um grupo que combate simultaneamente as forças do regime e os radicais, anunciou hoje o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

"O EIIL executou oito homens em Deir Hafer, no leste da província de Alepo", no sábado, por pertencerem a grupos rebeldes que combateram os 'jihadistas' e as forças do regime de Bashar al-Assad, informou a organização não-governamental.

Os 'jihadistas' "crucificaram-nos na praça principal da aldeia, onde os cadáveres vão permanecer por três dias", precisou o Observatório, que tem as sua base em Londres e recolhe informações junto de uma rede de ativistas no terreno.

Na mesma província, um nono homem foi crucificado por oito horas, como castigo, mas sobreviveu.

O EIIL surgiu na Síria há cerca de um ano e, inicialmente, foi bem recebido pela oposição armada, que viu os 'jihadistas' como uma ajuda para derrubar o regime.

Poucos meses depois, e em face de uma série de atrocidades cometidas pelos 'jihadistas' contra populações civis e rebeldes, a oposição síria, incluindo a oposição islamita, passou a combater o EIIL.

Em janeiro deste ano, os rebeldes lançaram uma ofensiva contra o EIIL, conseguindo expulsá-los de vastas áreas da província de Alepo, no norte, e de toda a província de Idlib, no noroeste.

O EIIL mantém, no entanto, o controlo de Raqa, no norte da Síria, e de Deir Ezzor, no leste, junto à fronteira com o Iraque.

Segundo ativistas sírios, os 'jihadistas' na Síria reforçaram a sua posição com a ofensiva lançada no Iraque no início de junho, nomeadamente devido à captura de armamento pesado do exército iraquiano, parte do qual de fabrico norte-americano.

No último ano, o regime sírio raramente visou os bastiões dos 'jihadistas' mas, desde o início da ofensiva no Iraque, são frequentes os bombardeamentos nas zonas controladas pelo EIIL.

"Hoje houve bombardeamentos intensos em Raqa e em Buseira" (localidade em Deir Ezzor), afirmou o diretor do Observatório, Rami Abdel Rahman.

"Aparentemente, o regime de Assad quer que os Estados Unidos o vejam como um parceiro na luta contra o terrorismo", disse, acrescentando, contudo, que "a maior parte das vítimas dos bombardeamentos dos últimos dias, cerca de 80%, foram civis".

MDR // MSF

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