Ministro da Educação diz que números sobre falta de professores são alarmistas

Ministro da Educação diz que números sobre falta de professores são alarmistas
| Norte
Porto Canal com Lusa

O ministro da Educação disse hoje que os números sobre a falta de docentes nas escolas são "alarmistas", referindo-se às críticas de que foi alvo, na quinta-feira, no debate político na comissão permanente, requerido pelo PSD

"Os números que têm vindo para a praça pública, muitas vezes, são única e simplesmente alarmistas. Todas as semanas existem horários que vão a concurso. Mas é normal. Temos 122 mil professores. É normal que, todas as semanas, tenhamos um conjunto de professores que ou por baixa médica, baixa por parentalidade ou, por aposentação, tenham de sair do sistema por um período de tempo ou permanentemente", afirmou em Viana do Castelo.

O governante, que falava aos jornalistas no final de uma visita à Escola Profissional e Artística do Alto Minho, onde funciona também a Academia de Música de Viana do Castelo, acrescentou que o Ministério da Educação, juntamente com as direções das escolas, cada vez que um determinado horário não é preenchido no concurso nacional, encontram solução" para resolver a situação.

"Este ano letivo tivemos mais de 500 turmas a receberem professores através do trabalho que a nossa 'task force' faz. Este trabalho mais refinado, junto das direções das escolas deu frutos. Para os arautos da desgraça quanto pior, pior. Para nós, quanto melhor, verdadeiramente melhor", adiantou.

Tiago Brandão Rodrigues adiantou que o Ministério da Educação "tem o trabalho todo feito" para responder ao problema, mas que ficou "condicionado" pelo chumbo do Orçamento do Estado para 2022 e à convocação de eleições antecipadas a 30 de janeiro.

"Obviamente que isso necessita de negociação sindical. No atual panorama, a partir do momento em que o Orçamento de Estado não foi aprovado ficamos condicionados a que se faça essa negociação, mas o trabalho está todo feito. Em todo o caso, foram identificadas algumas necessidades de professores na zona da grande Lisboa e do Algarve", apontou.

Tiago Brandão Rodrigues afirmou ainda que "durante muito tempo, quem governava entendeu que os professores estavam a mais" e referiu que "entre 2011 e 2015, foram gastos 200 milhões de euros em rescisões amigáveis com muitos milhares de professores"

"Em 2019, o líder da oposição, o presidente do PSD, disse que a administração pública tinha de sofrer um emagrecimento e que tínhamos muito mais professores do que os necessários. Sempre dissemos que é importante atrair professores e, por isso, mudámos um conjunto de regras e vinculámos 12 mil professores. Sabemos que um professor que está vinculado e que não está contratado tem muito maior probabilidade de continuar na carreira docente", observou.

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