Nigéria recusa libertar membros do Boko Haram em troca de alunas sequestradas

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Porto Canal / Agências

Abuja, 12 mai (Lusa) -- O ministro do Interior nigeriano recusou hoje trocar prisioneiros do Boko Haram por mais de 200 estudantes do ensino secundário sequestradas, como exigiu Abubakar Shekau, o líder do grupo islâmico, num novo vídeo.

"Não cabe ao Boko Haram e aos rebeldes impor as suas condições", declarou o ministro nigeriano Abba Moro, citado pela agência de notícias francesa, AFP.

"Não se trata de trocar uma pessoa por outra", acrescentou.

Inquirido sobre se rejeitava uma tal condição, Moro respondeu: "É claro".

Num vídeo hoje obtido pela AFP, Shekau afirmou mostrar 130 das 276 raparigas sequestradas da sua escola, em Chibok, uma cidade do estado de Borno, no nordeste do país, a 14 de abril.

"Só libertaremos [as raparigas] depois da libertação dos nossos irmãos", declarou, nesse vídeo.

O líder islâmico, que já fez este tipo de exigências anteriormente, adiantou ainda que uma parte das adolescentes foi convertida do Cristianismo para o Islão em cativeiro.

Segundo um relatório do Grupo de Crise Internacional divulgado no mês passado, o Boko Haram escreveu uma carta aberta ao governador do estado de Kano, em 2011, reclamando a libertação de prisioneiros islamitas.

Shekau formulou também esta exigência num vídeo obtido na segunda-feira passada pela AFP, no qual reivindicava o sequestro em massa de Chibok.

O exército nigeriano tem sido frequentemente acusado de detenções arbitrárias de milhares de pessoas suspeitas de pertencer ao Boko Haram, incluindo mulheres e crianças, e de as encarcerar em condições desumanas, de acordo com as organizações de defesa dos direitos humanos.

A 14 de março, o Boko Haram atacou a base militar de Giwa, em Maiduguri, a capital do estado de Borno, de onde centenas de rebeldes foram libertados.

A Amnistia Internacional disse haver "provas credíveis" de que mais de 600 pessoas, na maioria prisioneiros em fuga não-armados, foram mortas sumariamente a 31 de março como medida de retaliação ao ataque de Giwa.

ANC // VM

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