Covid-19: Associação da GNR pede realização de testes caso vacinação seja adiada

| País
Porto Canal com Lusa

O presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) defendeu hoje que devem ser realizados testes com frequência às forças de segurança caso seja alterado o plano de vacinação contra a covid-19.

As declarações de César Nogueira à agência Lusa surgem na sequência de uma notícia divulgada hoje pelo jornal Expresso, segundo a qual a vacinação das forças de segurança vai deixar de liderar as prioridades devido à escassez de vacinas, sendo reforçada a administração a pessoas com 80 ou mais anos e entre os 50 e os 79 anos com doenças crónicas.

"Visto que o plano de vacinação vai ser alterado, no mínimo, aquilo que o Governo deve fazer é realizar testes de 15 em 15 dias ou de mês a mês a estes profissionais" para poder haver "uma melhor despistagem" e os militares "não andarem a infetar outras pessoas" porque todos os dias têm de andar no terreno.

Segundo César Nogueira, esses testes à covid-19 nunca foram realizados, dando o seu exemplo: "ontem [quinta-feira] fui vacinado, mas até à data de ontem nunca fiz um teste e ando todos os dias no terreno, sou patrulheiro, contacto com pessoas e não faço a menor ideia se fui infetado e já passou".

César Nogueira disse perceber que devido à escassez de vacinas existam outras pessoas prioritárias, nomeadamente os idosos e pessoas com algumas patologias, mas lamentou serem "relegados novamente para trás".

"Aquilo que nós achamos é que tudo isto está um pouco mal delineado, não sabemos o motivo deste atraso da vacina, certamente que será por atraso do fornecedor, mas isto é demonstrativo de que os profissionais da linha da frente, onde se incluem os profissionais das forças e serviços de segurança, mais uma vez, como já é apanágio, são relegados para um plano posterior", lamentou o presidente da APG/GNR.

O presidente da APG/GNR estima que o número de vacinados não passará dos 2.000, faltando oito mil dos que estavam previstos vacinar nesta primeira fase do plano de vacinação.

Segundo o jornal Expresso, que cita declarações do coordenador da 'task force', Henrique Gouveia e Melo, a escassez de vacinas levou à alteração do plano inicial da vacinação, retardando a vacinação às Forças Armadas e forças de segurança, bombeiros, elementos de órgãos de soberania, como tribunais e o parlamento, e mesmo médicos que não estejam na linha da frente.

O grosso das vacinas disponíveis será administrado a dois grupos: a pessoas com 80 ou mais anos e a pessoas entre os 50 e os 79 anos com uma das quatro doenças de maior risco para a covid-19 (cardíaca, coronária, renal e respiratória grave).

De acordo com o jornal, a escassez das vacinas e a necessidade de proteger os mais vulneráveis à covid-19 levaram o novo coordenador da 'task force' a redefinir prioridades na vacinação.

Henrique Gouveia e Melo adiantou ao jornal, que 90% das vacinas disponíveis destinam-se agora a "salvar vidas" e apenas 10% a "ir reforçando a resiliência do Estado em período de pandemia".

A covid-19 já matou em Portugal 15.754 pessoas dos 792.829 casos de infeção confirmados, segundo a Direção-Geral da Saúde.

+ notícias: País

Projeto sobre vítimas de exploração sexual tem resultados conhecidos esta segunda-feira

Os resultados do projeto “melhorar os sistemas de prevenção, assistência, proteção e (re)integração para vítimas de exploração sexual", com o objetivo de conhecer melhor a dimensão deste problema, vão ser esta segunda-feira apresentadas no Ministério da Administração Interna.

FC Porto vai ter jogo difícil frente a Belenenses moralizado afirma Paulo Fonseca

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, disse hoje que espera um jogo difícil em casa do Belenenses, para a 9.ª jornada da Liga de futebol, dado que clube "vem de uma série de resultados positivos".

Proteção Civil desconhece outras vítimas fora da lista das 64 de acordo com os critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) disse hoje desconhecer a existência de qualquer vítima, além das 64 confirmadas pelas autoridades, que encaixe nos critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro.