Hospital de São João no Porto restabelece áreas "mais críticas” de atividade
Porto Canal com Lusa
O Hospital de São João, no Porto, está a restabelecer as áreas “mais críticas” de atividade não covid-19, como oncologia, cardiovascular, neurovascular, e áreas cirúrgicas à medida que o internamento de doentes com SARS-CoV-2 tem diminuído, foi hoje divulgado.
Em resposta à agência Lusa, o gabinete de comunicação do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) afirmou que a atividade para doentes não covid-19 está a ser restabelecida “à “medida que reduz o internamento com doentes” infetados pelo novo coronavírus.
A retoma da atividade está a ser feita “nas áreas mais críticas”, como oncologia, cardiovascular, neurovascular e hemato-oncologia, mas também nas áreas cirúrgicas.
Neste momento, o São João tem 62 doentes com covid-19 internados, 42 dos quais em medicina intensiva.
Segundo o centro hospitalar, as consultas externas, o hospital de dia e a cirurgia de ambulatório “mantiveram uma atividade próxima da expectável, de forma a não penalizar os doentes”.
“Ao contrário da 1.ª vaga, há um ano, em que a atividade foi toda suspensa, nestas 2.ª e 3.ª vagas fomos capazes de assegurar uma resposta robusta e competente aos doentes não covid-19, que sempre foram uma preocupação do hospital”, assegurou a fonte, acrescentando que o CHUSJ procurou “estar sempre um passo à frente da pandemia”.
Em 12 de fevereiro, o diretor de medicina intensiva do CHUSJ defendeu, em entrevista à agência Lusa, a criação da ‘task force’ dedicada aos doentes não covid-19 que constava do plano lançado em setembro pela tutela, considerando que a mesma não pode continuar “engolida” pela pandemia.
"Há que começar a pensar no 'day after' [pós-pandemia] porque há que rapidamente recuperar um número de atividades programadas do doente não covid-19 que estão reduzidas", defendeu José Artur Paiva.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.419.730 mortos no mundo, resultantes de mais de 109,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 15.649 pessoas dos 790.885 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.