Covid-19: Representante da Madeira favorável a encerramento das escolas

| País
Porto Canal com Lusa

Funchal, Madeira, 20 jan 2021 (Lusa) -- O representante da República para a Madeira afirmou hoje que, como cidadão, é favorável ao encerramento total das escolas na região, adiantando que apoiaria esta medida se fosse determinada pelas autoridades de saúde e o Governo do arquipélago.

"Na minha opinião pessoal, enquanto cidadão, eu diria que sim [ao encerramento total das escolas]", declarou Ireneu Barreto, em declarações à agência Lusa.

Mas, como representante da República, sublinhou, não tem "qualquer possibilidade de decretar o encerramento das escolas", sendo a Educação uma das áreas regionalizadas, que estão sob a tutela do Governo da Madeira.

O juiz conselheiro destacou que todas as medidas adotadas na Madeira foram as sugeridas e tidas por convenientes pelas autoridades regionais de saúde.

"Se as autoridades de saúde da região recomendarem o fecho das escolas, se esta recomendação for aceite pelo Governo Regional, essa medida terá todo o meu apoio, como têm tido o apoio todas as medidas que até hoje foram decretadas", sublinhou.

O Governo da Madeira tem recusado encerrar a generalidade das escolas no arquipélago, tendo determinado a partir de 13 de janeiro a suspensão das aulas presenciais para os alunos do 3.º ciclo e do ensino secundário em todas as escolas, até 31 de janeiro. Tem-se mantido o funcionamento normal nos restantes graus de ensino.

Ireneu Barreto salientou que o executivo madeirense, de coligação PSD/CDS, liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, "tem colhido sistematicamente" o seu "parecer e opinião antes de decretar as medidas" de combate à pandemia da covid-19 no arquipélago.

Questionado sobre o adiamento das eleições presidenciais agendadas para domingo, argumentou que esta teria de ser uma determinação a nível nacional e que era necessário proceder a uma revisão constitucional.

"Não havia 'timing' para que isso pudesse acontecer nestes dias", apontou.

O juiz conselheiro realçou que se a situação epidemiológica registada presentemente tivesse acontecido nos meses de junho ou julho, "nessa altura se teria procedido a uma revisão constitucional para permitir que as eleições fossem adiadas por alguns meses, para que se conseguisse a chamada imunidade de grupo".

"Mas isso não foi feito. As eleições vão realizar-se no domingo", vincou, apelando a que as pessoas exerçam o seu dever cívico, dada a importância destas eleições, porque "o papel do Presidente da República é fundamental em geral e, sobretudo, em período de crise".

O representante argumentou que, apesar do recolher obrigatório, "as mesas de voto vão estar abertas até à hora regimental (até às 19:00)".

"O recolher obrigatório é para ser respeitado", disse, ressalvando que ir votar é uma das exceções permitidas.

De acordo com os dados divulgados na terça-feira pela Direção Regional de Saúde, a Madeira registou 138 casos novos casos de covid-19, passando a contabilizar 3.777 infeções no total, das quais 1.735 situações ativas e 31 óbitos.

Em Portugal, morreram 9.246 pessoas dos 566.958 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

AMB // ROC

Lusa/fim

+ notícias: País

Jovem associado a ataques no Brasil fica em prisão preventiva

O jovem de 17 anos detido na quinta-feira no Norte do país por suspeita de homicídio qualificado e incitamento ao ódio e à violência, conduta que resultou num ataque com arma numa escola do Brasil, ficou em previsão preventiva por ordem de uma juíza de instrução criminal, avançou a CNN.

FC Porto vai ter jogo difícil frente a Belenenses moralizado afirma Paulo Fonseca

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, disse hoje que espera um jogo difícil em casa do Belenenses, para a 9.ª jornada da Liga de futebol, dado que clube "vem de uma série de resultados positivos".

Proteção Civil desconhece outras vítimas fora da lista das 64 de acordo com os critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) disse hoje desconhecer a existência de qualquer vítima, além das 64 confirmadas pelas autoridades, que encaixe nos critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro.