Confinamento terá custo enorme para a economia mas há agora mais apoios - Costa

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 13 jan 2021 (Lusa) - O primeiro-ministro assumiu hoje que o confinamento geral vai ter "um custo enorme" para a economia, observou que as verbas europeias ainda vão demorar a chegar, mas defendeu que há agora um melhor sistema de apoios.

"É prematuro fazer estimativas sobre o impacto económico, mas será seguramente bastante relevante", declarou António Costa na conferência de imprensa que se realizou após o Conselho de Ministros ter aprovado o quadro de medidas de confinamento geral do país, com efeitos a partir das 00:00 de sexta-feira.

Segundo o primeiro-ministro, desde 15 de setembro que o Governo tem vindo a "modelar" as medidas de contenção da atividade para o combate à propagação do novo coronavírus - uma modelação que disse ter sido feita com base na evolução da epidemia de covid-19.

"Quando disse antes do Natal que não hesitaria em puxar o travão de mão se fosse necessário, puxámos o travão de mão logo a seguir na passagem de ano. Todos temos consciência de que um confinamento geral tem custos económicos enormes para as empresas, para as famílias e para o Estado e para todo o setor social", disse.

No entanto, de acordo com António Costa, "o custo da vida humana não tem preço e Portugal atingiu um ponto em que não é possível hesitar relativamente àquilo que tem de ser feito", razão pela qual se terá de dar "um passo atrás e adotar medidas de confinamento".

"Sabemos que temos um Orçamento do Estado para 2021 que fornece um conjunto de ferramentas que ajudam a proteger as famílias, o setor da cultura e as empresas de uma forma melhor do que as medidas que estavam disponíveis em março passado", alegou o primeiro-ministro.

António Costa afirmou ainda que "foi muito importante" ter existido na União Europeia um acordo geral sobre o fundo de recuperação, "mas infelizmente também se sabe que ainda está longe o momento em que se comecem a realizar transferências para Portugal".

"Falta-nos ainda que todos os Estados-membros da União Europeia aprovem a decisão que autoriza a União Europeia a aumentar as suas receitas próprias. Temos ainda por concluir as negociações do regulamento do fundo de recuperação a aprovar no Parlamento Europeu - e a nossa presidência está empenhada em concluir rapidamente essas negociações", apontou.

Depois, ainda de acordo com o líder do executivo, é ainda necessário que se conclua o mais rapidamente possível as negociações de cada um dos planos nacionais de recuperação com a Comissão Europeia.

"Mas não é pelos fundos europeus não estarem disponíveis que nós não adotamos já as medidas necessárias para travar o crescimento da pandemia, para apoiar os profissionais de saúde e, sobretudo, para salvar vidas", acrescentou.

PMF // FPA

Lusa/Fim

+ notícias: Política

Mortágua acusa Governo de acumular "equivocos, danças de cadeiras e más escolhas"

A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, considerou esta quarta-feira que, um mês após entrar em funções, "o Governo acumulou equívocos, danças de cadeiras e más escolhas" e prometeu lutar contra o regresso do Serviço Militar Obrigatório.

Partidos defendem aumento os salários e melhores condições para os trabalhadores

O PS, BE, PCP e PAN marcaram presença no tradicional desfile do 1.º de Maio, em Lisboa, e defenderam aumentos salariais e melhores condições para os trabalhadores.

Petição que exige atualização de pensão para todos entregue até final do mês no parlamento

O movimento Justiça para Pensionistas e Reformados (JPR) pretende entregar até ao final do mês, no parlamento, uma petição a exigir a alteração da norma que estabelece a atualização das pensões apenas no segundo ano de aposentação. Intitulada "Atualização de pensão para todos os pensionistas e reformados", a petição contava esta quarta-feira à tarde com mais de 3.230 assinaturas online.