PJ recomenda antivírus informáticos eficazes e cuidado ao abrir ficheiros

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Porto Canal / Agências

Redação, 06 mai (Lusa) -- Um investigador da PJ especializado no combate ao cibercrime alertou hoje para a necessidade de as empresas e particulares disporem de antivírus eficazes e evitarem abrir e-mails suspeitos para evitar casos como o que ocorreu numa clínica de Famalicão.

Na sua edição de hoje, o Jornal de Notícias revela que um pirata informático atacou os computadores de uma empresa de Famalicão, encriptou os ficheiros e exigiu dinheiro virtual, no valor de 500 euros, para libertar esses mesmos ficheiros.

"São fundamentais bons antivírus, alertar os funcionários para terem muito cuidado ao abrirem e-mails com ficheiros executáveis e atenção às redes sociais, nomeadamente ao facebook. Há dias circulou um ficheiro com vírus no FB que prometia dar a conhecer quem visitava a página. Era um ficheiro apelativo, o isco é sempre esse, incutir a curiosidade na pessoa", disse.

Em declarações à Lusa a propósito da situação ocorrida em Famalicão, o investigador da judiciária salientou que desconhece aquele caso concreto, mas disse que, pelo que se lê na notícia, aparentemente "alguém" terá aberto um ficheiro com vírus. Esses vírus têm ordens para obedecer a "determinados comandos", nomeadamente para bloquear o computador.

"Este tipo de chantagem é frequente com os utilizadores de sites pornográficos. É o primeiro caso, que eu conheço, envolvendo uma empresa. Habitualmente, os piratas mandam mensagens em inglês pedindo quantias de dinheiro baixas", disse.

No caso da pornografia, "o esquema é o seguinte: abre-se uma janela pop-up com os emblemas da PJ ou da PSP e uma mensagem a pedir para pagar uma multa, ficando o computador bloqueado. As pessoas pensam que estão a infringir, temendo que o site visitado tenha pornografia infantil, por exemplo, ficam amedrontadas e os mais incautos pagam, sem denunciar. Os pagamentos são habitualmente feitos em payshops. Depois de comprovado o pagamento, os computadores são desbloqueados".

"O 'modus operandi' neste tipo de sequestro é sempre igual. Eles bloqueiam mas depois de obtido o dinheiro, mandam os códigos para desbloquear. Parece-me que foi o que aconteceu em Famalicão, a notícia fala em ficheiros encriptados, mas eu duvido que isso tenha acontecido. Estes casos têm muitas vezes origem na Nigéria, embora o dinheiro possa ser depositado em Inglaterra", referiu.

Segundo explicou o investigador à Lusa, "os piratas têm a noção de que têm de ser valores baixos porque, assim, muitas pessoas nem se queixam e sabem também que as autoridades portuguesas têm dificuldade em investigar, porque no caso de Inglaterra, a informação só nos é disponibilizada se o montante depositado for superior a cinco mil euros".

O empresário famalicense, que contou o sucedido sob anonimato ao jornal de Notícias, "viu-se obrigado a ceder às exigências e pagar pouco mais de um bitcoin e meio - a cotação oficial anda nos 314 euros por cada bitcoin - para resgatar os ficheiros da empresa. Depois, apresentou queixa na PSP de Famalicão, que passou o caso à Polícia Judiciária".

Em declarações à Lusa, fonte da PSP confirmou a apresentação da queixa pelo proprietário de uma clínica dentária do concelho de Famalicão.

PM/VCP.

Lusa/fim

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