Covid-19: Vendas de bilhetes de museus e monumentos nacionais somaram 1,7ME desde reabertura

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 04 dez 2020 (Lusa) -- As visitas aos museus, monumentos e palácios nacionais, entre 18 de maio, dia de reabertura depois do primeiro estado de emergência, e 24 de novembro, renderam cerca de 1,7 milhões de euros de receita de bilheteira.

Segundo informação disponível no relatório sobre a aplicação da declaração do estado de emergência, hoje divulgado pelo Governo, a receita de bilhética, nos 24 museus e monumentos nacionais, entre 18 de maio e 24 de novembro - pouco mais de seis meses -, foi de 1.722.061 euros, tendo o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, contribuído com quase um terço das receitas.

Os museus, palácios e monumentos nacionais encerraram em 14 de março, no âmbito as medidas de contenção de propagação da pandemia da covid-19.

Em 18 de maio, Dia Internacional dos Museus, foram autorizados a reabrir, no âmbito do "Plano de Desconfinamento" do Governo, anunciado em 30 de abril, mas com normas de higiene e segurança, como uso obrigatório de máscara e distanciamento social, adaptadas à sua dimensão.

De acordo com o relatório, nos primeiros 15 dias em que estiveram abertos, ente 18 e 31 de maio, a receita total foi de cerca de 18 mil euros. Mas já nesse período, a receita em bilhética do Mosteiro dos Jerónimos representava quase um terço da receita total, cerca de 4.600 euros.

Em junho, os valores, que começam a partir daí a ser registados mensalmente, aumentam substancialmente, com o total dos museus e monumentos a registar receitas em bilhética de 86 mil euros entre 01 e 30 de junho e de 218 mil euros entre 01 e 31 de julho.

Só no mês de agosto, as receitas em bilhética atingiram mais de 550 mil euros. Depois disso, os valores voltaram a diminuir -- cerca de 340 mil em setembro e de 240 mil em outubro -, atingindo em novembro os 32 mil euros (embora as receitas deste mês ainda não tenham sido reportadas dados pela Torre de Belém, o Museu Nacional dos Coches e o Museu Nacional de Etnologia).

Depois do Mosteiro dos Jerónimos, foi o Convento de Cristo, em Tomar, que mais contribuiu para o valor total de receitas em bilhética, com cerca de 261 mil euros, seguindo-se os mosteiros da Batalha (208 mil euros) e de Alcobaça (170 mil euros).

No relatório, é divulgada também a receita das lojas dos museus e monumentos, que, entre 28 de maio e 24 de novembro, foi de 226.731 euros.

Nos últimos anos, desde 2017, em termos financeiros, a parte das receitas próprias da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), que tem sobretudo origem nas receitas cobradas por museus, palácios e monumentos nacionais, situou-se sempre entre os 20 milhões e a casa dos 21 milhões de euros por ano, segundo os relatórios de atividades da DGPC, o que aponta para um valor médio mensal em redor dos 1,75 milhões de euros.

Em termos de visitantes, no total do primeiro semestre deste ano, com mais de três meses e meio afetados pelo confinamento e pela pandemia (desde a segunda quinzena de março), os museus, monumentos e palácios nacionais registaram uma quebra de cerca de 70% de entradas, comparando com o mesmo período de 2019, conforme os números avançados à agência Lusa, em setembro, pela DGPC.

De acordo com estes números, os 25 museus, monumentos e palácios tutelados receberam um total de 701.047 visitantes no primeiro semestre de 2020 face aos 2.308.430 visitantes do período homólogo de 2019, numa descida que revela o impacto da pandemia de covid-19.

Segundo os números divulgados à Lusa, a evolução do número de visitantes começou por registar uma subida no início deste ano, em janeiro e fevereiro, respetivamente, com um aumento de 4,9% em janeiro (257.813 entradas, mais 12 mil do que no ano anterior), e de 6% em fevereiro (um total de 287.579 visitantes, acima dos 271.304 do mesmo mês no ano anterior).

No entanto, com a determinação do Estado de Emergência no país e o consequente encerramento dos 17 museus, dois palácios e seis monumentos, março já registou uma quebra de 74,7% (96.418 entradas, quando em 2019 tinham sido 381.577).

Com os espaços encerrados, em abril registaram-se zero entradas, enquanto no ano passado, no mesmo mês, as visitas ascenderam a 466.448.

Após a reabertura, a 18 de maio - Dia Internacional dos Museus - o impacto negativo continuou a fazer-se sentir, com 12.017 visitantes até ao final desse mês, muito abaixo dos 509.447 registados em maio de 2019.

Em junho, com a reabertura em pleno, essa descida atenuou-se para 89,1%, tendo esse mês registado um total de 47.220 entradas, em comparação com os 433.860 visitantes de 2019.

Ainda segundo a DGPC, esta quebra de 89,1% em junho representa uma descida de quase 70% nos visitantes estrangeiros, que têm um peso significativo em muitos museus nacionais, sobretudo em Lisboa.

O relatório sobre a aplicação da declaração do estado de emergência faz também referência à Biblioteca Nacional de Portugal, em Lisboa, cujos serviços reabriram ao público a 07 de maio, tendo acolhido cerca de 10.300 leitores nas salas de leitura até 23 de novembro.

Naquele equipamento, foram ainda realizadas sete mostras e exposições e 12 eventos presenciais, com um total de 2.536 pessoas.

JRS/SS (AG) // MAG

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