Covid-19: Contexto familiar e coabitação responsáveis por dois terços dos contágios

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 08 nov 2020 (Lusa) -- O contexto familiar e de coabitação é responsável por cerca de dois terços dos contágios pelo novo coronavírus, de acordo com dados hoje apresentados pelo primeiro-ministro, que revelam ainda que as escolas representam apenas 3% dos contágios.

No conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros extraordinário, que decorreu desde o final da tarde de sábado até perto da meia-noite, e que concretizou as medidas que vão vigorar no período de estado de emergência entre 09 de novembro e 23 de novembro, o primeiro-ministro, António Costa, apresentou dados que revelam que é o contexto familiar e de coabitação o principal responsável pelos contágios pelo novo coronavírus.

O contexto laboral é responsável por 12% dos casos, seguindo-se os lares, com 8% dos casos de contágio.

O contexto escolar e o contexto social, representam, cada um, uma percentagem de 3% dos casos de infeção.

A percentagem mais reduzida identificada diz respeito aos serviços de saúde, com 1% dos casos.

O Governo reuniu-se no sábado à noite em Conselho de Ministros extraordinário para concretizar as medidas que vão enquadrar o estado de emergência decretado na sexta-feira pelo Presidente da República.

As medidas foram decididas no dia em que Portugal voltou a atingir um novo máximo de casos diários de covid-19 ao contabilizar mais 6.640 infeções nas últimas 24 horas, e registou 56 óbitos no mesmo período, segundo a Direção-Geral da Saúde.

O estado de emergência, que nunca tinha sido aplicado em Portugal em democracia, esteve em vigor entre 19 de março e 02 de maio, com duas renovações consecutivas, por um total de 45 dias.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos em mais de 49,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo.

Em Portugal, morreram 2.848 pessoas dos 173.540 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

IMA (ANE/PMF/ZO)// ZO

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