Austrália rejeita hipótese de destroços de avião desaparecido no golfo de Bengala
Porto Canal / Agências
Banguecoque, 29 abr (Lusa) - A Austrália rejeitou hoje as alegações de uma empresa de exploração marinha segundo a qual destroços detetados no golfo de Bengala possam ser provenientes do Boeing 777 da Malaysia Airlines.
A GeoResonance afirmou ter detetado possíveis destroços do avião a 5.000 quilómetros da atual zona de buscas.
A companhia de exploração marinha "GeoResonance", citada pela imprensa da Malásia e televisão australiana Seven, anunciou na terça-feira que durante a busca do aparelho da "Malaysian Airlines", encontrou vestígios que podem ser de um avião comercial no golfo de Bengala, a 5.000 quilómetros da atual zona de buscas.
Na terça-feira, o ministro dos Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein, fez saber que a informação estava a ser verificada, mas o centro de coordenação das buscas internacionais, instalado na Austrália, rejeitou a hipótese.
"A localização do MH370 sugerida pelas informações da GeoResonance não se encontra na zona de buscas", disse à AFP um responsável do centro.
A mesma fonte acrescentou que "a Austrália tomou a direção das buscas com base em informações recolhidas por satélite e outras vias para determinar a localização do avião desaparecido" e "a equipa de buscas internacional está confiante no facto de que a última localização do avião desaparecido se encontre na parte sul da zona de pesquisa".
Na segunda-feira, o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, anunciou que a operação de localização do avião malaio tinha entrado numa nova fase, porque não tinha sido encontrado qualquer vestígio na zona do sul do Oceano Índico, onde se acreditava que tinha desaparecido.
A nova etapa vai prolongar-se por oito meses e centrar-se na busca dos fundos marinhos, que será realizada pelo veículo submersível autónomo "Bluefin-21", transportado a bordo do barco australiano "Ocean Vessel".
O avião da Malaysia Airlines desapareceu a 08 de março quando fazia a ligação Kuala Lumpur - Pequim com 239 pessoas a bordo, um terço das quais de nacionalidade chinesa.
O avião desapareceu dos ecrãs de controlo do radar 40 minutos depois de estar no ar e mudou de rumo, numa "ação deliberada", de acordo com as autoridades malaias, para atravessar o estreito de Malaca, em direção contrária ao trajeto inicial.
FV (EJ) // JCS
Lusa/fim