DGS admite ser frequente detetar infetados em voos que chegam a Portugal

DGS admite ser frequente detetar infetados em voos que chegam a Portugal
| Norte
Porto Canal com Lusa

A Direção-Geral da Saúde admitiu hoje ser frequente registar “um ou dois casos” de infetados a bordo de voos que chegam a Portugal, e anunciou um “reforço gradual” das medidas sanitárias nos aeroportos portugueses.

“Não sei dizer exatamente quantos casos foram detetados, mas sei que é frequente a minha colega [da Direção-Geral da Saúde] identificar um ou dois casos em determinados voos”, indicou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, falando na habitual conferência de imprensa diária sobre a evolução da covid-19 no país, em Lisboa.

“Não é em todos, mas não é uma situação rara, acontece com alguma frequência”, referiu.

Recordando que a aterragem e partida de voos em Portugal “nunca foi interrompida”, tendo apenas sido realizada com “menor fluxo” dadas as medidas restritivas aplicadas por causa da covid-19, Graça Freitas anunciou que “as novas medidas vão ser implementadas gradualmente”, referindo-se a questões como a medição da temperatura corporal e a um rastreio feito de forma digital.

Em concreto, e face “a um aumento previsível do número de voos e dos destinos”, a DGS vai “fazer um controlo da temperatura” corporal dos passageiros que chegam aos três aeroportos principais do país, em Lisboa, Porto e Faro, especificou Graça Freitas.

“Depois, continuamos a investir muito na informação que é dada aos passageiros que vêm nesses voos para, nomeadamente se vierem a desenvolver sintomas, saberem exatamente o que devem e podem fazer”, acrescentou.

Além disso, “estamos a trabalhar noutro tipo de medidas, que têm a ver com descobrir e perceber em que sítio do avião é que cada passageiro viajou e quem eram as pessoas que estavam na fila à frente, atrás e aos lados, isto porque estes voos podem trazer alguém doente”, frisou Graça Freitas.

“Nós todos os dias ou praticamente todos os dias detetamos casos [de covid-19] que vieram nesses voos”, referiu a responsável.

E é para fazer este “rastreio às pessoas que tiveram à volta” de alguém infetado que estão ser distribuídos papéis para preenchimento de informação, que posteriormente serão substituídos por “cartões eletrónicos com formas mais expeditas” de registo destes dados, explicou Graça Freitas.

A diretora-geral da Saúde adiantou que a tutela está, então, a trabalhar nesta “solução eletrónica” para “facilitar a logística de poder encontrar um passageiro doente já em Portugal e a partir desse poder encontrar já quem foram as pessoas que viajaram no avião perto delas”.

“É todo um trabalho que está a ser desenvolvido neste momento para facilitar a vida às companhias aéreas, aos passageiros e às autoridades de saúde”, notou a responsável.

Enquanto o preenchimento for feito por papel, esta medida estará, numa fase inicial, centrada nos “países de maior risco e com maior atividade epidémica”, mas “uma vez que esteja disponível um sistema eletrónico e de fácil acesso, será generalizado a todos os voos”, concluiu Graça Freitas.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 426 mil mortos e infetou mais de 7,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Em Portugal, morreram 1.512 pessoas das 36.463 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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