Covid-19: Governo reforça vigilância epidemiológica na construção civil e trabalho temporário

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 29 mai 2020 (Lusa) - O Governo vai reforçar as medidas de vigilância epidemiológica no setor da construção e nas empresas de trabalho temporário para contrlar focos de infeção pelo novo coronavírus, anunciou hoje o primeiro-ministro.

"Sempre dissemos que esta evolução das medidas de desconfinamento tinha que ir sendo acompanhada de uma monitorização da evolução da pandemia (...) e perante esta evolução na área Metropolitana de Lisboa o Governo entendeu adotar" várias medidas, afirmou António Costa no final da reunião de Conselho de Ministros, em que ficaram definidas as medidas para a próxima fase de desconfinamento, que arranca na segunda-feira.

A primeira medida, apontou, é "um forte reforço das medidas de vigilância epidemiológica em particular em dois tipos de atividade" que concentram "um elevado número de focos de infeção".

"Por um lado, no trabalho na construção civil e por outro lado num conjunto de atividades que são exercidas por trabalhadores através de empresas de trabalho temporário", designadamente o caso do foco identificado mais recentemente no concelho de Azambuja.

"Não tem a ver com os residentes na Azambuja tem sobretudo a ver com um conjunto de trabalhadores que trabalham naquela plataforma logística através de empresas de trabalho temporário", sublinhou António Costa.

Por isso, anunciou, foi decidido realizar "um esforço muito significativo de testagem" de trabalhadores de empresas de trabalho temporário e nas áreas de construção civil onde se verificar qualquer foco de forma a poder controlá-los.

António Costa lembrou que esta medida foi realizada nos lares "com sucesso".

"Estamos convencidos que realizando com maior intensidade este trabalho poderemos também dominar aquilo que tem vindo a ser este crescimento" de focos na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde tem havia um aumento muito significativo do número de casos de covid-19.

Contudo, ressalvou, esta situação não revela de forma alguma qualquer situação de descontrolo no conjunto da região de Lisboa e Vale do Tejo.

Portugal contabiliza pelo menos 1.383 mortos associados à covid-19 em 31.946 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado na quinta-feira.

Portugal entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.

Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.

HN // HB

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