Covid-19: Lousada discorda do reinício das aulas presenciais no 11.º e 12.º anos

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Porto Canal

A Câmara de Lousada manifestou "preocupação" ao Governo com o reinício das aulas presenciais dos alunos do 11.º e 12.º anos, face ao receio de poder aumentar o número de casos de covid-19, anunciou hoje o município.

Num comunicado assinado pelo presidente Pedro Machado, enviado hoje à Lusa, a autarquia refere que aquela posição foi comunicada aos ministros da Educação e da Saúde e à Direção-Geral da Saúde, após uma reunião com os diretores dos agrupamentos escolares daquele concelho do distrito do Porto.

"De modo preventivo, durante o dia de ontem [quarta-feira], apresentámos as nossas preocupações face ao que poderá representar um regresso às aulas presenciais, naquele que foi o primeiro concelho a ser atingido, solicitando que não seja aplicado ao concelho de Lousada a medida universal de reinício das aulas para o 11.º e 12.º anos de escolaridade e 2.º e 3.º anos dos cursos profissionais às disciplinas definidas, no próximo dia 18 de maio [segunda-feira], até porque a dinâmica de aulas com recurso a meios tecnológicos está a decorrer de modo aceitável e deveria ser continuada", refere-se no comunicado.

A câmara recorda, também, que Lousada comunicou "às entidades governamentais as suas reservas e desacordo face à necessidade de aulas presenciais a alunos que não têm exames nacionais, desacordo esse corroborado pela unanimidade dos diretores de agrupamento".

Apesar disso, Pedro Machado assume que Lousada "tudo irá fazer para que as normas de proteção da saúde e segurança da comunidade escolar sejam garantidas, promovendo ainda fortes restrições e medidas de higienização dos transportes escolares, onde todos os alunos terão que usar máscara e sentar-se de forma distanciada e cumprindo as orientações da DGS".

O presidente da câmara informa, por outro lado, que foram avaliados, na quarta-feira, com as autoridades de saúde e das condições de trabalho, os últimos dados da pandemia no concelho que apontam para mais cerca de 50 casos de covid-19 na última semana, o que preocupa a autarquia.

Na reunião, refere Pedro Machado, a Autoridade de Saúde Local explicou que o aumento de casos na última semana decorre de "uma elevada capacidade de testagem" no concelho.

Contudo, refere ainda o autarca, "existem razões de convivência social e familiar que muitas pessoas não estarão a evitar e que explicam em boa parte este aumento de casos".

Foi também explicado pela Autoridade das Condições de Trabalho que têm sido feitas "inspeções às diversas unidades industriais e que a generalidade tem planos de contingência convenientemente adaptados".

Os últimos dados oficiais indicam que Portugal regista 1.175 mortes relacionadas com a covid-19 e 28.132 casos de infeção.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 294 mil mortos e infetou mais de 4,3 milhões de pessoas em todo o mundo. Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados pelas autoridades de saúde.

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