Covid-19: PEV quer saber como Governo vai acautelar avaliações no Ensino Superior
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 29 mar 2020 (Lusa) - O Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) quer saber como o Governo vai acautelar as avaliações dos alunos do Ensino Superior na sequência do encerramento das instituições no âmbito das medidas de combate à pandemia da covid-19.
De acordo com um comunicado do PEV, a pergunta deu entrada na Assembleia da República na sexta-feira e é dirigida ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
"Como pondera o Governo acautelar as avaliações dos alunos do ensino superior? Pondera o Governo alargar os prazos de avaliação? Se sim, como irá o Governo colmatar eventuais falhas na aprendizagem dos alunos, já que poderão ter influência mais tarde no seu percurso escolar?", questionam os deputados de "Os Verdes".
O PEV refere que, devido ao encerramento de instituições do Ensino Superior, foram vários os estudantes que de um dia para o outro viram os seus estudos suspensos.
"Algumas instituições de Ensino Superior procuraram dar continuidade ao trabalho, usando diversas plataformas digitais ou enviando trabalhos, na tentativa de não prejudicar os estudantes. Contudo, a verdade é que existem discrepâncias e são várias as queixas que nos vão chegando, sobre os diversos modelos implementados", adverte o PEV.
No Ensino Superior, segundo esta força política, "as discrepâncias verificam-se sobretudo entre cadeiras na mesma faculdade e no mesmo ano, uma vez que os professores estão adaptados de forma diferente às novas tecnologias e às formas de ensino à distância".
"Ainda mais, colocam-se questões muito sérias em relação a cursos mais práticos como Desporto, Medicina, Enfermagem, Teatro, Cinema, Dança, entre outros que necessitam da parte prática e de uma interação distinta", salienta-se ainda no texto das perguntas dirigidas ao Governo.
Para o PEV, no caso do Ensino Superior, para além de os estudantes estarem a ser prejudicados devido à pandemia, coloca-se a questão de que, caso percam um ano de estudos, tal implicará mais um ano de pagamento de propinas, podendo esta situação levar muitos estudantes a optar pelo abandono escolar".
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