"Porta Aberta" da Câmara de Lisboa quer ajudar pessoas vulneráveis a encontrar emprego

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 27 fev 2020 (Lusa) - O apoio à empregabilidade de pessoas vulneráveis é o principal objetivo da "Porta Aberta", agência criada pela Câmara Municipal de Lisboa que pretende ser "o primeiro passo" para a reconstrução da autonomia e independência económica.

"A agência vai ter um papel importantíssimo", disse à Lusa o vereador da Câmara Municipal de Lisboa responsável pelo pelouro dos Direitos Sociais e Educação, Manuel Grilo (BE, partido que tem um acordo de governação da cidade com o PS), a propósito da apresentação da "Porta Aberta", que decorreu hoje.

Salientando que o projeto já tem um financiamento assegurado pela autarquia de 150 mil euros, Manuel Grilo explicou que o objetivo da "Porta Aberta - Agência da Empregabilidade" é apoiar pessoas mais vulneráveis na procura de emprego, nomeadamente consumidores de droga, sem-abrigo, prostitutas e migrantes, mesmo que estejam em situação irregular.

Mas, acrescentou o autarca, para alcançar os objetivos propostos "é preciso trabalho" e, para o executar, foi criada a BADL - Bairros Associação de Desenvolvimento Local, um grupo de organizações sociais que surgiu no contexto do processo de renovação do bairro da Mouraria e que integra as associações CRESCER, Renovar a Mouraria, Sea -- Agência de Empreendedores Sociais, GAT -- Grupo de Ativistas em Tratamento e Obra Social das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor.

"Esta 'Porta Aberta' é na verdade uma associação de associações com quem trabalhamos desde há muito e que têm um trabalho bem solidificado e que pode ser uma ajuda muito grande na formação, na procura de emprego e no emprego efetivo, mesmo que emprego apoiado", afirmou o vereador responsável pelo pelouro dos Direitos Sociais.

A "Porta Aberta" terá cinco tipos de respostas, entre as quais a "colocação direta no mercado de trabalho".

"Há pessoas que estão em condições de terem colocação direta no mercado de trabalho, temos gente assim, mesmo pessoas em situação de sem-abrigo, mas que estão assim há muito pouco tempo e ainda mantêm competências profissionais e sociais para passarem imediatamente para o mercado de trabalho", referiu Manuel Grilo.

Outra opção é a dos "estágios de integração profissional", para pessoas com autonomia e competências próximas das exigências atuais do mercado de trabalho. Esta hipótese serve, simultaneamente, para as entidades acolhedoras conhecerem melhor as competências dos potenciais futuros trabalhadores.

A "colocação em mercado de trabalho em funções desenhadas à medida" é outra das respostas previstas e destina-se "a pessoas com níveis de autoestima reduzidos associados a um elevado estigma social, que não se enquadram no funcionamento atual do mercado de trabalho, mas com efetiva capacidade de trabalho diário ou semanal, regular".

"Estamos a desenhar um programa na própria Câmara Municipal de Lisboa para um conjunto de trabalhadores , pessoas em situação de sem-abrigo e outras, que possam aqui exercer funções que são desenhadas à medida das suas possibilidades, provavelmente com um horário menor, com outra compreensão em caso de falta, em que há uma atenção à individualidade de cada uma destas pessoas", explicou o vereador.

A "atividade ocupacional" é outra opção disponível, destinada a pessoas que podem desenvolver uma atividade em troca de um pagamento, mas não estão preparadas para assumir um compromisso de trabalho regular.

Por último, existirá a "criação do autoemprego", uma opção que, segundo Manuel Grilo, tem vindo a funcionar com a população migrante e refugiada, como por exemplo a abertura de restaurantes sírios e de outras nacionalidades.

Através da criação de autoemprego estes migrantes ou refugiados "conseguem ultrapassar a barreira da cultura, a barreira da língua, conseguem afirmar-se e ter uma perspetiva de integração profissional fácil", adiantou.

VAM // ROC

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