Autarcas transmontanos querem maior atenção para territórios de baixa densidade

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Porto Canal / Agências

Torre de Moncorvo, 14 mar (Lusa) - Os autarcas do Baixo Sabor e Douro Superior reclamaram hoje "uma maior atenção do Governo" para os territórios de baixa densidade, como forma de potenciar a economia nacional e a coesão territorial.

"O Governo tem de perceber, de uma vez por todas, a necessidade de tomar medidas concretas para as regiões de baixa densidade, nomeadamente ao nível dos benefícios fiscais ou a manutenção de serviços públicos, para ajudar a fixar população e evitar o despovoamento", disse à Lusa o presidente das Associações de Municípios do Baixo Sabor e do Douro Superior, Nuno Gonçalves.

As pretensões foram dadas a conhecer ao secretário de Estado Adjunto do ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Pedro Lomba, no decurso de uma reunião com autarcas daqueles territórios do Douro e Sabor que decorreu hoje em Torre de Moncorvo.

Para os autarcas nordestinos, seria igualmente importante que o Governo, ao abrigo de um programa de bolsas de estudo, permitisse que os alunos pudessem frequentar cursos de mestrado ou doutoramento nestes territórios "usufruindo dos serviços locais e perceber que Portugal não é só o litoral".

O também autarca de Torre de Moncorvo (PSD) pede ao Governo um plano de "medidas concretas" para ajudar o interior "a combater o desemprego", como é caso da implantação nestes territórios de empresas de interesse público".

"Coesão territorial vê-se pela região e pela forma como a mesma é tratada", frisou o autarca social-democrata.

Por seu lado, Pedro Lomba, disse que a fixação de população no interior "é uma questão particularmente sensível".

"É preciso levar a cabo um grande plano nacional para a ajudar a enraizar as pessoas nestas zonas mais isoladas, que têm óbvias dificuldades em termos de competitividade e afirmação, tendo o país de compensar estas assimetrias", acrescentou o governante.

Em cima da mesa, estiveram temas "pertinentes" como os incentivos aos estudantes que se queiram fixar nestas regiões, o micro financiamento, ou uma maior ajuda na divulgação da oferta de especificidades de cada concelho do interior, como é caso do setor do turismo, cultura ou agricultura.

"O Governo, no âmbito do quadro de financiamento 2020, está a orientar recursos financeiros para a valorização do interior e para a aproximação da economia ao território", enfatizou o secretário de Estado.

Em jeito de conclusão, Pedro Lomba, disse que a questão demográfica é "uma grande emergência nacional", sendo necessário " criar um conjunto de estratégias para o interior".

FYP // JGJ

Lusa/fim

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